quinta-feira, 1 de março de 2012

E se não houvesse a bioética?


A bioética não é uma disciplina, pois não abrange especificamente um aspecto do objeto, mas discursa sobre várias questões que dizem respeito à vida em seu sentido mais profundo considerando tudo que pode propiciar seu bem-estar, ou seja, o aspecto físico, sócio-cultural, político e econômico.
O ser humano, tomado de desejo, é capaz de criar, realizar e manipular algo exercendo poder, controle da coisa. Desconhecendo seus limites, realiza seu desejo e cria força ideológica sobre outras pessoas, tornando-as seguidoras de seu ideal. Alguns se utilizam da boa intenção da criação de outrem e fazem mau uso da mesma. Ao fugir da moralidade o ser humano causa danos irreversíveis, como a morte de milhares de pessoas na catástrofe causadas pela bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki no Japão. Os experimentos com humanos realizados nos campos de concentração, por “médicos nazistas”, para a descoberta de curas e outros avanços na medicina, também revelam o quanto o ser humano se distanciou da ética.
Quem põe freio a tanta desumanidade? Assim como uns se utilizam do progresso tecnológico para dominar, realizar seus desejos desordenados, outros agem eticamente, pensam no bem de todos, valorizam a vida. Destarte esse é o propósito da bioética, está a favor da vida. Com a bioética o ser humano foi percebido e defendido pelo que é, pessoa humana. Sem a bioética o ser humano continuaria sendo visto somente, como um objeto de pesquisa e tudo isso resultaria em sua autodestruição. Portanto, onde houver desordem que haja ordem, onde houver egoísmo que haja solidariedade, onde houver morte que haja vida, onde houver técnica que haja ética.


Por Luziene Filgueira

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