Talvez, despois da pergunta: quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha,
as questões que envolvem a gêneses e o findar da vida humana são as mais
inquietantes para todos os ramos de conhecimento, desde seus primórdios. Saber
como surgiu, como se desenvolveu e qual o exato momento de sua morte,
apresenta-se uma tarefa quase que de primeiríssima hora a ser acertadamente
respondida.
Arriscando-se
nessa empreitada todas as civilizações, em seus respectivos e variados campos
de conhecimento, ousaram pensar, hipotetizar, experimentar e provar resultados
que, aos olhos dos não tão informados ou interagidos, apresentam-se como
escolhas aleatórias a serem eleitas e acreditadas como verdades de fé.
Nesse
itinerário, jogos de linguagem, de persuasão, de poder, necessariamente,
aparelham-se e quase se equiparam àqueles que tentam encontrar formas de
seriamente aprofundar-se nestas questões. A imparcialidade nesses quesitos
quase que nem se mascara (ou não se mascara mesmo!) e de acordo com a via de
interesse: seja religioso, politico, social, econômico, cientifico pesam o viés
e a ousadia de atrever-se ao misterioso e o desejo de ao fundo o abarca-lo por
completo. Ousadia de alguns? Talvez. Covardia de outros tantos? Com certeza!
Encontrar um instrumento que possa perpassar
por todos esses desafios, instaurar-se em suas varias estruturas, brincar sem
medos com os vários joguinhos impostos, descobrir as regras, propor novas e
desbravar novos caminhos, torna-se imprescindível, necessário e urgente.
Se a
ética mostrar-se (em modo geral) na
busca de fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano, falar de uma
ética que necessariamente tenha como primeiro olhar a vida, mostra-se, mesmo
que com todas as ressalvas que a terminologia possa trazer, um enfatizar que a
Vida deve ser administrada com responsabilidade. Nesse sentido, o debruçar-se
sobre ela e pensa-la fundamentalmente em todas as suas implicações é tarefa de
todos os campos do conhecimento.
A
Bioética, portanto, tem a
possibilidade de, dialogando com os vários campos do conhecimento (religioso,
cientifico, filosófico, teológico, etc), apresentar um caminho possível e
acessível a todos de mantermos a administração responsável da vida humana. E
assim, nas questões, que devidos a vários fatores, legítimos ou não, ainda não
tenham consenso moral, ser um norte que
nos leva aos caminhos mais planos.
Começar é difícil, porem
necessário!
Pormo-nos
no itinerário, debruçarmos sobre sua gênese, erramos de caminhos, voltarmos
atrás, estabelecermos norte e firmamo-nos no conhecimento da Bioética,
convida-nos ao desafio. Aqueles que têm coragem tomem suas mochilas, calcem
seus mais confortáveis calçados, abasteçam seus cantis. O caminho é longo, mas,
ao final do itinerário sabermos aos nossos olhos, que também possuem sua
parcela de parcialidade que viemos: para
que todos tenham e vida em plenitude. Por Marco Aurélio (aluno).
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