domingo, 26 de fevereiro de 2012

Começando do início!



Talvez, despois da pergunta: quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha, as questões que envolvem a gêneses e o findar da vida humana são as mais inquietantes para todos os ramos de conhecimento, desde seus primórdios. Saber como surgiu, como se desenvolveu e qual o exato momento de sua morte, apresenta-se uma tarefa quase que de primeiríssima hora a ser acertadamente respondida.
    Arriscando-se nessa empreitada todas as civilizações, em seus respectivos e variados campos de conhecimento, ousaram pensar, hipotetizar, experimentar e provar resultados que, aos olhos dos não tão informados ou interagidos, apresentam-se como escolhas aleatórias a serem eleitas e acreditadas como verdades de fé.
                Nesse itinerário, jogos de linguagem, de persuasão, de poder, necessariamente, aparelham-se e quase se equiparam àqueles que tentam encontrar formas de seriamente aprofundar-se nestas questões. A imparcialidade nesses quesitos quase que nem se mascara (ou não se mascara mesmo!) e de acordo com a via de interesse: seja religioso, politico, social, econômico, cientifico pesam o viés e a ousadia de atrever-se ao misterioso e o desejo de ao fundo o abarca-lo por completo. Ousadia de alguns? Talvez. Covardia de outros tantos? Com certeza!
              Encontrar um instrumento que possa perpassar por todos esses desafios, instaurar-se em suas varias estruturas, brincar sem medos com os vários joguinhos impostos, descobrir as regras, propor novas e desbravar novos caminhos, torna-se imprescindível, necessário e urgente.
          Se a ética mostrar-se (em modo geral) na busca de fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano, falar de uma ética que necessariamente tenha como primeiro olhar a vida, mostra-se, mesmo que com todas as ressalvas que a terminologia possa trazer, um enfatizar que a Vida deve ser administrada com responsabilidade. Nesse sentido, o debruçar-se sobre ela e pensa-la fundamentalmente em todas as suas implicações é tarefa de todos os campos do conhecimento.
               A Bioética, portanto, tem a possibilidade de, dialogando com os vários campos do conhecimento (religioso, cientifico, filosófico, teológico, etc), apresentar um caminho possível e acessível a todos de mantermos a administração responsável da vida humana. E assim, nas questões, que devidos a vários fatores, legítimos ou não, ainda não tenham consenso moral,  ser um norte que nos leva aos caminhos mais planos.
                Começar é difícil, porem necessário!
                Pormo-nos no itinerário, debruçarmos sobre sua gênese, erramos de caminhos, voltarmos atrás, estabelecermos norte e firmamo-nos no conhecimento da Bioética, convida-nos ao desafio. Aqueles que têm coragem tomem suas mochilas, calcem seus mais confortáveis calçados, abasteçam seus cantis. O caminho é longo, mas, ao final do itinerário sabermos aos nossos olhos, que também possuem sua parcela de parcialidade que viemos: para que todos tenham e vida em plenitude. Por Marco Aurélio (aluno).

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