domingo, 26 de fevereiro de 2012

O ABORTO NA CONTEMPORANEIDADE (alguns aspectos)



Um tema deveras complexo, pois envolve a mulher como pessoa em sua plenitude. Também complexo porque, são muitas as forças pensantes e que refletem a partir do lugar que ocupam: juristas, médicos, moralistas, filósofos, cientistas, teólogos, religiões, igrejas, políticos.
A grande pergunta é “quando se inicia a vida humana, num embrião ou num feto?”
Segundo o Prof. Germano Cord Neto, nenhum grupo responde imperiosamente a esta questão, pois é  aqui que emerge a pluralidade de posições. Porém, elas, por sua vez, baseiam-se em orientações também plurais que seguem convicções de uma variedade de visões do mundo e do ser humano, através de uma postura moral. Pois, “a afirmação da personalidade do embrião humano é um ato moral.”
Assim, o conhecimento médico e científico não pode garantir uma resposta acabada, já que brotam de complicados fatos e experiências que permeiam áreas dos valores, da religião, da medicina, da filosofia.
A medicina por sua vez, não dá conta de informar se o aborto é seguro ou maléfico para a mulher quer fisicamente, quer psicologicamente. É claro que, quando feito com propriedade, é seguro. Porém, no Brasil, onde a legalidade do aborto não existe, sua prática é clandestina e abundante, suscitando assim, o debate público sobre a segurança da mulher.
O debate, faz-se necessário, sobretudo, em relação à ética do aborto, já que não há consenso e suscita diversas reações referentes à moralidade do ato, junto à população.
O aborto pode ser espontâneo ou provocado. O primeiro não implica consideração ética. Porém, o segundo, pode ter causas e razões tendo implicações médicas, jurídicas e morais.
O certo é que precisa haver valores que ajudem na reflexão sobre o aborto, como: reconhecimento do direito à vida a todo ser humano; proteção ao direito de viver; defesa da maternidade, tendo em conta se este ato é fruto da violência contra a mulher, ou um ato humano e a ética médica que deve ser de proteção e cuidado da vida humana, nunca seu destruidor.
Diante deste questionamento, minha posição é que, feito com amor, tanto o embrião como o feto, são manifestação do dom da vida e, portanto, devem ser respeitados no seu direito à este dom. Inez - aluna


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NETO, Germano Cord. Curso de ética médica. Faculdade de medicina da UFMG. Belo Horizonte: 2007.

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