domingo, 26 de fevereiro de 2012

Os riscos da gravidez após os 40



 Frequentemente vemos muitas mulheres fazerem planos para organizar melhor a própria vida. Este projeto de vida está pautado em quatro objetivos: estudos, trabalho, casar e ter filhos. Em outras palavras, isso aconteceria da seguinte forma: terminar a faculdade, conseguir um bom emprego e só ter filhos depois que chegar ao auge da carreira. Porém, muitas mulheres percebem que esse êxito pode lhe custar muito caro, pois esse planejamento pode colocar em risco o ultimo objetivo: ter filhos. Tudo isso ocorre porque a grande maioria das mulheres deixa para ser mãe depois dos 40. Segundo a Organização Mundial da Saúde, chega a 21% o número de mulheres que não conseguem realizar uma gestação depois dos 40.

No Brasil, o drama de mulheres bem sucedidas no trabalho e frustradas na maternidade chega a 21% anualmente. Alguns médicos acreditam que muitas delas não viveram a experiência da gravidez antes, porque acreditaram que isso seria fácil na idade madura. Essa crença geralmente é alimentada durante a juventude da mulher. Uma pesquisa realizada pela folha de São Paulo, no dia 21/11/2011, mostrou que uma de cada dez brasileiras acredita que manterá intacta até depois dos 40 a sua chance de ter filhos.
            Do ponto de vista da medicina, é um equivoco pensar assim. A grande maioria dos ginecologistas brasileiros, alertam que o relógio biológico feminino anda a uma velocidade bem maior do que se imagina. A chance de uma mulher engravidar começa a diminuir quando ela tem apenas 27 anos. Aos 30, a cada relação sexual em período fértil, o índice de gravidez é de 18%. Aos 45, de 1%, no máximo. Um estudo do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, o prestigiado CDC, mostra que, ao completar 42 anos, uma mulher tem menos de 10% de possibilidade de engravidar com seus próprios óvulos. Graças aos avanços da medicina reprodutiva, a gravidez depois dos 40 não é um sonho impossível. Mas em boa parte das vezes só é realizável quando a paciente recebe óvulos doados por uma mulher mais jovem. Esse é o caso de muitas celebridades quarentonas que, ao exibir seus barrigões em público, ajudam a fixar a idéia errônea de que é fácil engravidar, mesmo madura.
            Á luz do tema da CF 2012 “Fraternidade e saúde pública”, não podemos esquecer que a gravidez tardia também é uma questão de saúde pública. Faz-se necessário que o governo desenvolva políticas públicas incentivando as mulheres a tomarem consciência de que realizar uma gravidez, talvez tardia, é colocar a própria vida e a vida do bebê em rico.  Pouquíssimas mulheres têm conhecimento dos riscos de uma gestação em idade avançada e dos transtornos que as incessantes tentativas de fertilização causam na vida de um casal. Além disso, os médicos orientam que, entre as mulheres que demoram para engravidar, o risco da criança nascer com algum problema triplica em relação àquelas que a realizam antes dos 40. Tudo isso acontece porque depois dessa idade, os óvulos da mulher apresentam dificuldades para conceder uma gestação tranquila.
Finalmente, é importante que as mulheres se empenhem ao máximo na realização de seus sonhos, buscando mais aperfeiçoamento no trabalhando e qualificação nos estudos, mas é importante que se reserve um tempo para a realização de ser mãe. Isso evitará frustração, tristeza, insatisfação e desgosto com a própria vida. Tudo na vida precisa de equilíbrio, e conciliar trabalho, estudos e maternidade também faz parte disso. Esse investimento é saudável e trará conforto e segurança para as mulheres que desejam ter sucesso no trabalho, nos estudos e na realização do sonho de ser mãe. Pense nisso! Por Por Roni Hernandes.


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