Frequentemente
vemos muitas mulheres fazerem planos para organizar melhor a própria vida. Este
projeto de vida está pautado em quatro objetivos: estudos, trabalho, casar e
ter filhos. Em outras palavras, isso aconteceria da seguinte forma: terminar a
faculdade, conseguir um bom emprego e só ter filhos depois que chegar ao auge
da carreira. Porém, muitas mulheres percebem que esse êxito pode lhe custar
muito caro, pois esse planejamento pode colocar em risco o ultimo objetivo: ter
filhos. Tudo isso ocorre porque a grande maioria das mulheres deixa para ser
mãe depois dos 40. Segundo a Organização Mundial da Saúde, chega a 21% o número
de mulheres que não conseguem realizar uma gestação depois dos 40.
No
Brasil, o drama de mulheres bem sucedidas no trabalho e frustradas na
maternidade chega a 21% anualmente. Alguns médicos acreditam que muitas delas
não viveram a experiência da gravidez antes, porque acreditaram que isso seria
fácil na idade madura. Essa crença geralmente é alimentada durante a juventude
da mulher. Uma pesquisa realizada pela folha de São Paulo, no dia 21/11/2011,
mostrou que uma de cada dez brasileiras acredita que manterá intacta até depois
dos 40 a sua chance de ter filhos.
Do ponto de vista da medicina, é um
equivoco pensar assim. A grande maioria dos ginecologistas brasileiros, alertam
que o relógio biológico feminino anda a uma
velocidade bem maior do que se imagina. A chance de uma mulher engravidar
começa a diminuir quando ela tem apenas 27 anos. Aos 30, a cada relação sexual
em período fértil, o índice de gravidez é de 18%. Aos 45, de 1%, no máximo. Um
estudo do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, o prestigiado CDC,
mostra que, ao completar 42 anos, uma mulher tem menos de 10% de possibilidade
de engravidar com seus próprios óvulos. Graças aos avanços da medicina
reprodutiva, a gravidez depois dos 40 não é um sonho impossível. Mas em boa
parte das vezes só é realizável quando a paciente recebe óvulos doados por uma
mulher mais jovem. Esse é o caso de muitas celebridades quarentonas que, ao
exibir seus barrigões em público, ajudam a fixar a idéia errônea de que é fácil
engravidar, mesmo madura.
Á luz do tema da CF 2012
“Fraternidade e saúde pública”, não podemos esquecer que a gravidez tardia
também é uma questão de saúde pública. Faz-se necessário que o governo
desenvolva políticas públicas incentivando as mulheres a tomarem consciência de
que realizar uma gravidez, talvez tardia, é colocar a própria vida e a vida do
bebê em rico. Pouquíssimas
mulheres têm conhecimento dos riscos de uma gestação em idade avançada e dos
transtornos que as incessantes tentativas de fertilização causam na vida de um
casal. Além disso, os médicos orientam que, entre as mulheres que demoram para
engravidar, o risco da criança nascer com algum problema triplica em relação
àquelas que a realizam antes dos 40. Tudo isso acontece porque depois dessa
idade, os óvulos da mulher apresentam dificuldades para conceder uma gestação
tranquila.
Finalmente,
é importante que as mulheres se empenhem ao máximo na realização de seus
sonhos, buscando mais aperfeiçoamento no trabalhando e qualificação nos
estudos, mas é importante que se reserve um tempo para a realização de ser mãe.
Isso evitará frustração, tristeza, insatisfação e desgosto com a própria vida.
Tudo na vida precisa de equilíbrio, e conciliar trabalho, estudos e maternidade
também faz parte disso. Esse investimento é saudável e trará conforto e
segurança para as mulheres que desejam ter sucesso no trabalho, nos estudos e
na realização do sonho de ser mãe. Pense nisso! Por Por Roni Hernandes.
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