O avanço
na ciência e na tecnologia tem permitido aos destinatários do nosso tempo,
oportunidades que antes jamais poderiam ser pensadas. Na sociedade em que
vivemos é cada vez mais comum o uso da
inseminação artificial em mulheres que tem dificuldades para engravidar. A probabilidade
de gravidez através de inseminação artificial é de 70%, porém, na maioria dos
casos a gravidez não ocorre na primeira tentativa. Esse tipo de fertilização já
gerou muitos preconceitos. Hoje esse procedimento é visto com bons olhos pela
grande maioria da população, exceto aquelas pessoas que continuam sendo
conservadoras e que não acreditam no avanço da ciência e nem das novas
tecnologias.
Devido a tais avanços, muitas vezes, esse procedimento tem
sido realizado com facilidade para quem tem poder aquisitivo, e atualmente
existem diferentes técnicas para se chegar ao mesmo resultado. A expectativa
desse tratamento é de poder proporcionar a felicidade de ser pai e mãe àquelas
pessoas que têm algum problema para engravidar, evitando assim a depressão e tantas
outras doenças psicológicas causadas pela infertilidade.
A
inseminação artificial é um recurso médico utilizado para realizar a fecundação
(o encontro do espermatozóide com o óvulo) sem a prática da relação sexual
entre o homem e a mulher. De uma maneira muito simples, a inseminação é tida
como um modo muito artificial de gerar uma vida. O desenvolvimento das ciências
médicas, nos últimos tempos, tem aumentado a qualidade de vida das pessoas.
Hoje, diante das novas técnicas existem inúmeros recursos que permitem aos
profissionais da área da saúde cuidar da vida e salvá-la. Tudo isso faz parte
da inteligência que Deus concedeu ao ser humano sendo posta a serviço do bem. Esse
bem significa o avanço da ciência contribuindo para a felicidade das pessoas em
todos os sentidos.
Mas não
podemos esquecer que o progresso científico também trouxe questionamentos
éticos importantes para este setor, como por exemplo: quem é responsável pelo começo
e pelo fim da vida humana? Até que ponto a ciência pode trabalhar sem
desrespeitar a dignidade humana das pessoas? Não podemos esquecer que a
inseminação artificial e as técnicas reprodutivas in vitro envolve várias questões éticas. Entre elas, podemos
destacar algumas: a vida humana pode ser manuseada como se fosse um objeto?
Determinadas situações como a escolha do sexo da criança, da cor de seus olhos,
não produziriam discriminações e um tipo de seleção entre os seres humanos? Uma
criança não tem o direito de conhecer quem são realmente os seus pais? Uma
mulher solteira, que se diz no direito de ter filhos, pode recorrer a um banco
de esperma e promover sua gravidez, tirando da criança o direito de saber quem
é seu pai verdadeiro?
No
entanto, essas questões envolvem temas polêmicos como aborto, doação de órgãos,
eutanásia, e tantos outros. Todos esses questionamentos mostram que as coisas
não são bem assim. Não se pode brincar com a vida, pois a vida não é um jogo. A
vida é um bem precioso e maravilhoso que Deus deu a cada um de nós. Por isso,
devemos amá-la e respeitá-la sempre. Muitas vezes, por ignorância, as pessoas
têm respostas muito infantis para essas circunstâncias, esquecendo-se dos
muitos aspectos envolvidos nelas e que precisam ser considerados. E como a
sociedade de hoje vive num individualismo imediatista, as pessoas agem pensando
somente em si, sem ter consciência de seus atos.
Não
lutar pela vida é ao mesmo tempo, esquecer a nossa dignidade. Pense nisso! Por Roni Hernandes
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