Segundo Van Rensselaer, a Bioética é a ciência da sobrevivência.
Concordo com Potter quando diz que enquanto a bioética souber se
limitar a seu papel próprio que é ético, seu papel questionador e reflexivo,
ela, sobrevive. E confirma que a
bioética é a ciência da sobrevivência da humanidade. De fato, uma ciência que
investiga, questiona e reflete eticamente sobre a vida na sua totalidade, só
deixará de existir quando a vida não existir.
Uma disciplina cujo trabalho se expande na “reflexão
interdisciplinar sobre as exigências do respeito, da proteção e da promoção da
vida humana, busca comum dos caminhos de crescimento da humanidade em seu
conjunto e em cada um dos seres humanos entre as múltiplas possibilidades oferecidas
pela tecnociência”, mesmo tendo concorrentes, se permanecer preocupada com sua
natureza ética e mantiver viva na comunidade, a fecundidade do processo de
decisão e de normalidade só pode ter vida longa.
Há porém, outras pistas a serem contempladas:
- as questões de
justiça que são e continuarão sendo um desafio inevitável;
- o desafio da
harmonização entre a busca do conhecimento e desenvolvimento tecnocientíficos,
a preocupação e a proteção das pessoas e das civilizações;
- a necessidade
de formação séria dos especialistas;
- a necessidade
de manter sua independência.
O filósofo Sérgio Zorrilla, com
experiência em grupos de reflexão e de pesquisa, na Bélgica, fala de uma “ética
da resistência”, porque esta demanda de, estar próximo dos meios de saúde e da
pesquisa e permanecer independente.
A bioética é um trabalho cotidiano
de olhar com atenção o outro, preocupando-se com ele. A bioética está ligada ao
destino da humanidade sofrida, da qual seus profissionais fazem parte,
desejando, em sua fragilidade, mais vida, saúde, qualidade de vida. Em síntese,
uma vida mais feliz. Inez – aluna
DURANT, Guy.
Introdução a bioética, história, conceitos e instrumentos. 2.ed. São Paulo:
Loyola, 2003.
Créditos da figura: http://www.jumpthecurve.net/wp-content/uploads/2012/01/FuturePower.jpg
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