domingo, 26 de fevereiro de 2012

O QUE É DIGNIDADE HUMANA?



            Para Kant, a pessoa deve ser tratada como fim em si mesma, jamais como meio à serviço de outros fins. Por isso, é uma dignidade transcendental.
Dignidade é algo próprio da pessoa humana, é intrínseco a ela. É uma característica ontológica determinada pela história. Não é algo que se adquire nem se perde. Faz parte da natureza do ser humano.
Esta dignidade outorgada por Deus ao ser humano é fundamentada em várias passagens bíblicas. No livro do Gênesis 1,26 encontramos: “Façamos o homem à nossa imagem, como nossa semelhança.” Esses dois termos colocam o ser humano em relação com Deus, separando-o dos animais. Dotado de inteligência e vontade, recebe de Deus um poder sobre os outros seres vivos, pois, este ser humano é pessoa.
A teologia chama-nos a atenção sobre este dom da vida, que é o ser humano e que este deve dar conta de sua esperança e de sua fé. Ao criar o homem, Deus vê-se refletido nele e é como se revelasse a si mesmo. Um belíssimo mistério começa a se desabrochar na imagem do outro! É diante do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, que este Deus encontra o seu interlocutor.
Sobre esta realidade, encontramos confirmações em Cl 1,15; Hb 1, 3, “Ele é a imagem do Deus invisível, o Primogênito de toda criatura.” Imagem de Deus na primeira criação. Em Rm 8,29, “Porque os que de antemão ele reconheceu, esses também predestinou a serem conformes à imagem do seu Filho, a fim de ser ele primogênito entre muitos irmãos.” Imagem de Cristo pela nova criação,
Portanto, o que introduz o ser humano nessa participação da vida divina, é o sacramento do Batismo, quando o ser torna-se filho no Filho. A dignidade humana fundamenta-se, sobretudo, neste rosto onde resplandece a imagem do Filho, porém, não plenamente.
Como dito acima, a dignidade de todo ser humano é uma esperança, uma tarefa. “... os sofrimentos do tempo presente na têm proporção com a glória que deverá revelar-se em nós” (Rm 8,18).
Para o cristão, a dignidade do ser humano é uma vocação e realização, fundamentada em sua historicidade. Inez – aluna

Texto inspirado em: JUNGES, José Roque. Bioética, hermenêutica e casuística. São Paulo: Loyola, 2006.   

Crédito da figura: http://www.sacredearth.com/Ezine/fall09/onelove.png                    

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