Quem é o homem, para que nele penses, e o ser humano, para que nele te ocupes? Quase um deus o fizeste: tu o coroa de glória e esplendor; tu o fazes reinar sobre as obras de tuas mãos; tu o submeteste a seus pés. (Salmo 8,5-7)
O
ser humano considera superior a tudo o criado. A que se deve essa
superioridade? Talvez encontremos a resposta na outra cara do ser humano, na
sua permanente inquietude. Ao contrário,
que o resto das criaturas, o ser humano não parece estar nunca satisfeito sempre
quer mais, sempre procura mais. O ser humano foi criado à imagem e semelhança
de Deus esta é a chave cristã para responder as questões pela superioridade,
inquietude humana, ao desejo de infinitude, que estão dentro de sua experiência
de finitude.
Esta
pergunta de que é o homem? O salmista faz a si mesmo, mas também o Concílio
Vaticano II interroga. “Quem é o homem? Ele omitiu e omite muitas opiniões a
respeito de si mesmo, variadas e contrárias entre si[...].”GS12.
A
Bíblia de forma simples trata de dar conta da grandeza do homem sem dar
respostas as suas perguntas, de caracterizar-se com a argila a imagem de Deus: “Deus
criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele criou; criou-os machos e
fêmea” (Gn 1,27) “O Senhor Deus modelou o homem com o pó apanhado no solo. Ele
insuflou nas suas narinas o hábito da vida e o homem tornou-se um ser vivo” (Gn
2,7)
Em
quanto imagem de Deus o ser humano é um ser privilegiado, embora transcendendo
seu caráter de criatura não pode abandonar e menos ainda negar esse caráter. O
ser humano é senhor e fim da criação por isso à de humanizar tudo, mais não
entra a prepotência e sim o senhorio responsável de quem considera a criação
como irmã e não como presa fácil. A experiência humana está impregnada
totalmente deste mistério de sentir-se imagem de Deus, mas também de cair na
conta que sua figura é de argila frágil e que tem que ter muito cuidado para
que não se rompa e se desmanche. Por Marcos Bugila (aluno).
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