domingo, 26 de fevereiro de 2012

IDOSO & POLÍTICAS PÚBLICAS



Diante da ambivalência entre vida e morte, entre saúde e doença encontra-se o idoso. Na sociedade atual vive-se uma contradição entre a busca de maior longevidade e uma crescente situação social de marginalização do idoso. É verdade que a expectativa de vida aumentou graças aos níveis de nutrição e dos serviços de saúde, destaque para o mercado farmacêutico. Mas a esse crescimento da estimativa, não acompanhou a valorização social dos idosos. Eles são vistos ora como um estorvo, ora como um fator de gastos.
            De um lado a preocupação em elevar os níveis da qualidade de vida, de outro a mentalidade sociocultural da sociedade. A presença do idoso dá o que pensar! Em uma família abastada o idoso na maioria das vezes vive sozinho e isolado. Em uma família pobre, o idoso é a principal fonte de renda, é ele que mantém a família. Um salário insignificante é dividido entre várias pessoas e a qualidade de vida do idoso é usurpada, sem contar que ele ainda  exerce o papel de babá, fazendo o se sentir valorizado e útil.
            O processo de envelhecimento do ser humano passa por diversas nuances, entre eles destaca-se: a consciência da vulnerabilidade, a condição de temporalidade, a condição da finitude (morte). Todos esses aspectos são questões a serem pensadas, refletidas a fim de que se possam criar políticas públicas que visem um incentivo à formação da consciência da sociedade sobre o envelhecer, sobre a pessoa idosa. Políticas públicas que contribua para a formação da consciência dos jovens sobre o envelhecimento saudável bem como incentivar a autonomia, o bem estar e a integração efetiva dos idosos na sociedade.
            Já existe o estatuto do idoso, que nasce para garantir os direitos dos idosos. A questão é aplicar concretamente nas diversas camadas da sociedade. Fazer valer uma lei depende de todos. Cuidar dos idosos de hoje equivale a pensar também no futuro do nosso país, afinal a tendência é aumentar o número daqueles que deram muito de si para a construção da sociedade. Por isso, estejamos dispostos a formar consciência de que a vida não se encerra com a velhice. A vida é um processo. Todos são importantes. Por Isaac Celestino de Assis.





Créditos das fotos: 

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