Diante da ambivalência entre vida e morte, entre saúde e
doença encontra-se o idoso. Na sociedade atual vive-se uma contradição entre a
busca de maior longevidade e uma crescente situação social de marginalização do
idoso. É verdade que a expectativa de vida aumentou graças aos níveis de
nutrição e dos serviços de saúde, destaque para o mercado farmacêutico. Mas a
esse crescimento da estimativa, não acompanhou a valorização social dos idosos.
Eles são vistos ora como um estorvo, ora como um fator de gastos.
De um lado a preocupação em elevar os níveis da qualidade
de vida, de outro a mentalidade sociocultural da sociedade. A presença do idoso
dá o que pensar! Em uma família abastada o idoso na maioria das vezes vive
sozinho e isolado. Em uma família pobre, o idoso é a principal fonte de renda,
é ele que mantém a família. Um salário insignificante é dividido entre várias
pessoas e a qualidade de vida do idoso é usurpada, sem contar que ele ainda exerce o papel de babá, fazendo o se sentir valorizado
e útil.
O processo de envelhecimento do ser humano passa por
diversas nuances, entre eles destaca-se: a consciência da vulnerabilidade, a
condição de temporalidade, a condição da finitude (morte). Todos esses aspectos
são questões a serem pensadas, refletidas a fim de que se possam criar
políticas públicas que visem um incentivo à formação da consciência da
sociedade sobre o envelhecer, sobre a pessoa idosa. Políticas públicas que
contribua para a formação da consciência dos jovens sobre o envelhecimento
saudável bem como incentivar a autonomia, o bem estar e a integração efetiva
dos idosos na sociedade.
Já existe o estatuto do idoso, que nasce para garantir os
direitos dos idosos. A questão é aplicar concretamente nas diversas camadas da
sociedade. Fazer valer uma lei depende de todos. Cuidar dos idosos de hoje
equivale a pensar também no futuro do nosso país, afinal a tendência é aumentar
o número daqueles que deram muito de si para a construção da sociedade. Por
isso, estejamos dispostos a formar consciência de que a vida não se encerra com
a velhice. A vida é um processo. Todos são importantes. Por Isaac Celestino de Assis.
Créditos das fotos:
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