O fenômeno do aborto em uma abordagem social não é
juízo ético de mudança, porém devem ser levadas em consideração tais
realidades, sob o ponto de vista não da liceidade ou exceção, mas do cuidado com
as pessoas e o simbólico de cada realidade.
Considera-se aborto a interrupção da gravidez, com a
conseqüente destruição do produto da concepção, ou seja, a eliminação da vida
intra-uterina.
Sobre essa abordagem encontramos na sociedade que
perante determinados problemas busca soluções pelo diálogo com argumentos
convincentes. Por outro lado, encontramos grupos contrários ao aborto, defendem
o respeito pela vida humana do feto.
A Igreja Católica combate qualquer espécie de
aborto, desde o óvulo fecundado (três primeiras semanas da gestação), embrião (três
primeiros meses) ou feto (a partir de três meses), ou seja, em qualquer fase da
gravidez.
Os argumentos defendem a vida humana que é um dom de
Deus e um direito público indisponível, merecendo reprovação qualquer conduta
que venha a ofender a dignidade humana. O homem busca insistentemente a cura
para a doença e procura meios de prolongar a vida humana com qualidade. A Igreja
Católica não é contra o desenvolvimento da pesquisa, mas não admite qualquer
conduta que ofenda a dignidade humana.
Tanto o Magistério pontifício como o episcopal
defendem que o aborto provocado é um comportamento inadmissível, quer visto a luz
da fé, quer considerado na perspectiva humana. Encaram o aborto como uma ameaça
que mina as bases das raízes da convivência humana. Para precaver a procura
pelo aborto, o Código de Direito Canônico estabelece que quem procurar o
aborto, e se este vier a acontecer, ocorre em excomunhão. Não só quem realiza
esta ação bem como os cúmplices, se a sua colaboração, seja ela física ou
moral, tiver sido realmente determinante.
O que faz com que a Igreja Católica opte por esse
caminho? Partindo pelo pressuposto que a vida do ser humano compreende a sua
totalidade, desde a fecundação, deve ser respeitado. O corpo humano é sagrado, a
vida é um dom de Deus, o direito de nascer á fundamental. Portanto, o cristão
assume o compromisso de cuidar da vida, seja a própria, se a vida do
outrem. Por Marcos Bugila.
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