A
disciplina de bioética que tivemos na FAJE: Faculdade Jesuíta de Filosofia e
Teologia, ofereceu aos alunos de teologia uma formação e orientação muito
bonita, sobretudo, no que se refere ao valor da vida. Durante todo o curso foi
possível abordar várias questões: eutanásia, células-tronco, biotecnologias,
biomedicina, embrionários, anencefalia, cuidados paliativos, humanização
hospitalar, saúde da família, meio ambiente, aborto, proteção aos direitos
humanos, período de gravidez e direto da mulher na sociedade, atenção às
pessoas que sofrem com doenças, especialmente, os deficientes e os pacientes
que estão em fase terminal e cuidado com os idosos.
Todas
estas temáticas impulsionaram estudiosos do mundo inteiro, a terem uma atenção
maior para com a bioética que surgiu como um canal de esperança dentro da
sociedade moderna, combinando valores humanos e conhecimentos biológicos. Esta
esperança estimulou estudiosos do mundo inteiro, a se unirem para manter um
diálogo sincero, franco, transparente e aberto com a ciência, sobretudo, no que
se refere a uma das questões mais difíceis de falar na área da saúde que é o
aborto. Frente aos debates realizados dentro de sala de aula, é importante
conscientizar-nos de que o tema aborto também faz parte da saúde pública.
Sabemos
que o aborto é a privação do nascimento de alguém. Isso significa que a vida de
um feto (embrião) foi interrompida. Esse interrompimento pode ser provocado ou
não. Nesse sentido, dentre todos os crimes que o ser humano pode cometer contra
a vida humana, o maior deles é o aborto, sobretudo, quando é provocado
propositalmente. Sabemos que na realidade brasileira a prática do aborto é
severamente proibida por lei, exceto quando há a ocorrência de estupro ou
quando gera risco de vida no período da gestação. Em todos os demais casos é proibida
a realização desse ato.
O
triste de tudo isso, é que pesquisas mostram outra realidade em nosso país.
Pois, diariamente descobrimos através de jornais televisivos ou impressos,
revistas ou artigos na internet que muitos hospitais realizam clandestinamente
essa prática, e pior é que não estão preparados. Os números mostram que
mundialmente, mais de 150 mil mulheres morrem a cada ano por realizarem abortos
desta maneira. No Brasil, os números são alarmantes, porém, não existem dados
estatísticos exatos devido à clandestinidade em que eles acontecem. Estudos
realizados pela “Organização Mundial da Saúde”, revelou que em nosso país, anualmente,
são realizados mais de 45 milhões de abortos. Desses, 25% correspondem aqueles
que são realizados por mulheres de classe social alta, fazendo este
procedimento em clínicas particulares.
Contudo, a prática do
aborto realizada sem necessidade deve mexer com a consciência das pessoas. Hoje
a percepção da sua gravidade vai obscurecendo progressivamente as nossas
mentes. Diante dessa situação de gravidade a qual chegou à realização dos
abortos clandestinos em nosso país, cabe a cada um de nós abrir os nossos olhos
e denunciar essa prática criminosa que tira do outro o direito de viver. Pense
nisso[1].Por Roni Hernandes
Créditos da foto: http://federacaoespiritape.org/wp-content/uploads/2009/07/bebe.jpg
[1] BENTO, Luis, Antonio. Bioética: desafio no debate contemporâneo.
São Paulo: Paulinas, 2008.
Roni, o título do seu texto “a pratica do aborto na realidade brasileira” já exige uma investigação cautelosa. Os cálculos e as porcentagens que são citados no texto oferecem informações preciosas. Pois nem sempre tomamos consciência destes tipos de informações. A afirmação "a bioética que surgiu como um canal de esperança dentro da sociedade moderna" alerta para o valor da vida humana, o protelam é que não só os "cientistas" devem tê-la, mas todos os homens e todas as mulheres. Também me confunde sua afirmação "dentre todos os crimes que o ser humano pode cometer contra a vida humana, o maior deles é o aborto, sobretudo, quando é provocado propositalmente". Acredito que a vida, em todos os estágios, ao ser tirada “propositalmente”, é crime grave. E mais, só é considerado” aborto grave” aquele que é causado propositalmente. Contudo, é positivo termos o zelo de chamarmos à atenção para o cuidado com a vida.
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