domingo, 26 de fevereiro de 2012

Lei Natural


Em seu discurso aos participantes no Congresso sobre Lei Moral Natural, promovido pela  Pontifícia Universidade Lateranense em 2007, o Papa Bento XVI chama-nos a atenção sobre a natureza do ser humano.
            O ser humano, encantado com seu rápido desenvolvimento no conhecimento de vários campos da vida em diversos contextos, esquece e ultrapassa a justa medida exigida para o prosseguimento natural das leis contidas em cada ser.
            Nesse afã do domínio da natureza, o ser humano é levado à destruição desta mesma natureza, com a força de sua ação. Isso, o impede de ver a fonte da criatividade da razão humana. Nesse contexto de capacidade de ver as leis do ser material, o impede de ver a mensagem ética contida no ser, o incapacita de ver a lei moral natural. Com a primazia do conceito de interpretação do ser sobre a natureza metafísica, o próprio ser deixa de ser transparente para uma mensagem moral, o que gera desorientação nas suas opções de vida.
            Por ser o Ser em sua natureza unum, bonum e verum, deve, urgentemente, refletir sobre a lei natural e reencontrar sua verdade, comum a todo ser humano. Reconhecer a bondade do Ser, transforma-se em lei que tem seu princípio o de “fazer o bem e evitar o mal”. Essa lei é evidente a todo ser humano. Daí, é que surgem os demais princípios que regulam o juízo ético sobre os direitos e os deveres de cada um. Entre eles, o respeito à vida humana, a partir de sua concepção até o  seu termo natural, já que este é um dom gratuito de Deus. Também, o dever de buscar a verdade para o amadurecimento pessoal.
            Fomos criados para a liberdade. Porém, ela só se concretiza a partir do respeito à verdade de cada um, já que a liberdade é compartilhada com os demais seres. Na sequência, vem a justiça e a solidariedade inerentes ao ser e independem do Estado, pois não admitem intervenções.
            A lei natural não tem compromissos com outros interesses. É portanto, a mensagem ética escrita no próprio ser humano. “Em definitivo, a lei natural é o único baluarte válido contra o arbítrio do poder ou os enganos da manipulação ideológica.” Na medida em que, através do conhecimento, aumenta a consciência moral, torna-se imperativo, para quem tem responsabilidades públicas, o dever de promover o amadurecimento da consciência moral.
            Chama pois, a atenção sobre a família, o lugar concreto das ações libertadoras através das leis que o Criador as infundiu. Assim, é possível um diálogo fecundo com todas as facetas da sociedade, apresentando ao legislador material concreto para a vida pessoal e social. Inez - aluna.


Crédito da figura: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_84nc26kVjK71DtYLNjKzf8MQTIv5cEB1L8vC8gaKkOyjfVLFfaN0IbTgb-qL-nLP3k5fbGzjnOXRa2bw0p8gA5bmPBNJHjcapYqaqaCEUXofEyYoZvKWle07zJXK-iSkVxBBKydExkSN/s320/NaturalLaw.gif


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