Em seu discurso aos participantes no Congresso sobre Lei Moral
Natural, promovido pela Pontifícia
Universidade Lateranense em 2007, o Papa Bento XVI chama-nos a atenção sobre a
natureza do ser humano.
O ser humano, encantado com seu
rápido desenvolvimento no conhecimento de vários campos da vida em diversos
contextos, esquece e ultrapassa a justa medida exigida para o prosseguimento
natural das leis contidas em cada ser.
Nesse afã do domínio da natureza, o
ser humano é levado à destruição desta mesma natureza, com a força de sua ação.
Isso, o impede de ver a fonte da criatividade da razão humana. Nesse contexto
de capacidade de ver as leis do ser material, o impede de ver a mensagem ética
contida no ser, o incapacita de ver a lei moral natural. Com a primazia do
conceito de interpretação do ser sobre a natureza metafísica, o próprio ser
deixa de ser transparente para uma mensagem moral, o que gera desorientação nas
suas opções de vida.
Por ser o Ser em sua natureza unum, bonum e verum, deve, urgentemente,
refletir sobre a lei natural e reencontrar sua verdade, comum a todo ser
humano. Reconhecer a bondade do Ser, transforma-se em lei que tem seu princípio
o de “fazer o bem e evitar o mal”. Essa lei é evidente a todo ser humano. Daí, é
que surgem os demais princípios que regulam o juízo ético sobre os direitos e
os deveres de cada um. Entre eles, o respeito à vida humana, a partir de sua
concepção até o seu termo natural, já
que este é um dom gratuito de Deus. Também, o dever de buscar a verdade para o
amadurecimento pessoal.
Fomos criados para a liberdade.
Porém, ela só se concretiza a partir do respeito à verdade de cada um, já que a
liberdade é compartilhada com os demais seres. Na sequência, vem a justiça e a
solidariedade inerentes ao ser e independem do Estado, pois não admitem
intervenções.
A lei natural não tem compromissos
com outros interesses. É portanto, a mensagem ética escrita no próprio ser
humano. “Em definitivo, a lei natural é o único baluarte válido contra o
arbítrio do poder ou os enganos da manipulação ideológica.” Na medida em que,
através do conhecimento, aumenta a consciência moral, torna-se imperativo, para
quem tem responsabilidades públicas, o dever de promover o amadurecimento da
consciência moral.
Chama pois, a atenção sobre a
família, o lugar concreto das ações libertadoras através das leis que o Criador
as infundiu. Assim, é possível um diálogo fecundo com todas as facetas da
sociedade, apresentando ao legislador material concreto para a vida pessoal e
social. Inez - aluna.
Crédito da figura: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_84nc26kVjK71DtYLNjKzf8MQTIv5cEB1L8vC8gaKkOyjfVLFfaN0IbTgb-qL-nLP3k5fbGzjnOXRa2bw0p8gA5bmPBNJHjcapYqaqaCEUXofEyYoZvKWle07zJXK-iSkVxBBKydExkSN/s320/NaturalLaw.gif
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