domingo, 26 de fevereiro de 2012

A cultura do descartável



Tem-se conhecimento de que a vida, desde os períodos remotos da humanidade, foi considerada o bem maior que o ser humano adquiriu mediante forças naturais ou divinas. A vida humana surgiu e despertou o interesse de pesquisadores e profissionais da saúde, da necessidade de conhecer a composição, natureza, deficiência e grandeza deste ser complexo.
A força global da tecnologia e as condições favoráveis aos avanços científicos têm sido decisivos na luta pela conquista do valor insigne da vida; no mercado do consumo, do provisório a vida humana estar exposta no balcão de venda e compra; troca e empresta, devolução se receber com um valor de ressarcimento. A trama da vida se dá no ciclo perene e ininterrupto quando reconhecemos que viver é saber amar-se e amar ao outro semelhante, a riqueza que ele traz consigo
A eutanásia está cada vez mais frequente no interresse dos homens. Saber se amanhã não irão desligar as máquinas que mantêm a vida, ainda que em uma porcentagem menor existente, tem provocado debates na esfera pública e na privada. Ser homem não é certeza de que tenho controle sobre a vida que adquirir, não é conduzi-me aleatoriamente, não se importando com as consequências dos atos praticados. Somos lançados no meio social como animais racionais, físicos, afetivos. A morte não nos rouba a vontade de viver, a morte aparece como inerente ao desejo de sorir, de ver pela televisão aquela partida do campeonato do time de coração.
A vida e a morte e o ato de matar estão sobre a interferência freqüente. A questão sobre a identidade surgem em vários e numerosos casos que provocam profundas questões. A bioética debruça-se sobre a causa que leva a interrupção da vida, a uma mudança no comportamento do ser humano em valorizar a vida somente enquanto temporariamente satisfatória. O grau de confiança do ser humano diminuiu em relação a si mesmo, o valor da vida desapareceu, a morte é a melhor escolha quando já decidimos que permanecer vivo é meramente custo sem benefícios futuros.
A família, a idade avançada convalesceu, se decidiu-se que estar de pé é conquista de alguns poucos, a classe de ser humano é evidentemente fugaz, se não há desejo, não há existir, viver. O valor moral do ser humano, que foi criado numa perspectiva divina a partir do amor de Deus é fortemente negado, o próprio Deus é ocultado numa nuvem de sombras, de conjecturas infantis e sem argumentos. A normativa impôe-se ao natural, a teoria tem maior crédito que a consciência de existência.
As novas tecnologias assumiram a paternidade da criação: o ser humano é objeto da expansão da tecnologia; as fases humanas dependem do querer, do poder de conquistar a própria vida, o natural é fabricado na estufa do laboratório e o “eu” é uma fórmula científica empregada com sucesso.
O ato de matar é o natural desaparecendo no antinatural, mata-se para salvar a outro que é utilitário, é o anuncio do extermínio, do valor que ruiu sob argumentos torpes, mentirosos. O direito a permanecer vivo é sim uma conquista que o tempo, as mudanças de comportamento, os novos valores erigidos não poderão descartar simplesmente, como uma peça de um antiquário que foi vendida. A vida é a conquista inalienável do ser humano que recusa-se a ser mercadoria de consumo, escambo de troca; a conquista da eutanásia é a morte, e a vida não tem preço. Por: Benedito Antônio (aluno)


Créditos da Imagem: http://gileadewd.tumblr.com/page/2

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