O professor José Roque Junges descreve na sua obra Bioética da autonomia e casuística [1] que “A modernidade significou o surgimento do individuo diante do grupo social, a invenção da autonomia em relação à heteronomia da lei...”
Achamos que com os avanços tecnológicos bastamos a nós mesmo mesmos,
tornamos cada vez mais altos suficientes e poderosos. Podemos ter milhares de
amigos nas redes sociais, para que amigos reais? Mas, esquecemos que somos
seres vulneráveis e frágeis e, é por isso, que precisamos cada vez mais de
cuidado, de preocuparmos um com os outros. E um desses cuidados mais simples é
o diálogo. O diálogo e a convivência com outro são fundamentais para tornarmos
seres menos individuais.
Para Junges a fundamentação
antropológica do cuidado abriu a perspectiva para a constituição de uma ética
do cuidado. Assim o que é realmente fundamental
para uma ética do cuidado é termos uma orientação ética que enfatiza a preocupação
pelo outro; é comprometermos com o
próximo e percebermos que eu sou humano na relação com o outro no mundo.
Deste modo o que podemos observar é que a ética do cuidado se concentra
na atitude e no caráter com o próximo, mais do que no seu comportamento ou ato
correto. Na verdade o ato de cuidar é um traço do caráter da pessoa que se
interessa pelo ser em sua peculiaridade. Por Valdeci Gama (aluno)
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