A modernidade produziu um ser humano autossuficiente e onipotente. Em sua solidão, não se vê inter-relacionado com sua circunvizinhança humana e social, bem como a interdependência vital com seu ambiente natural. Esse ser humano, fruto da modernidade, é o responsável pelo colapso ambiental que se presencia. Resta-nos, não denegar o lugar privilegiado que o ser humano ocupa na natureza.
A natureza é o útero da vida. A vida consiste em sua finalidade última e, como tal, ela deve ser respeitada e preservada. O ser humano está encravado na vida, que é um bem maior. A natureza, que tem a vida como fim, não pode ser simplesmente restringida a servir apenas aos interesses humanos.
O desrespeito humano à natureza redunda no desrespeito à sua própria vida. Para chegar a essa visão da natureza como matriz da vida, o ser humano deve compreender e respeitar o fim último da natureza. O respeito à vida conduz necessariamente ao respeito à natureza.
A vulnerabilidade da natureza põe-nos em face da própria finitude. Se a matriz da vida– a natureza –está sendo destruída, todos os seres inseridos na vida e, portanto, inclusos na natureza, também se encontram no mesmo processo. Todavia, quando o homem submete a natureza aos seus interesses, o coloca diante de sua limitação. A consciência da sua fragilidade conduz o ser humano a ater-se a vulnerabilidade do ambiente natural que vive. Com tal consciência, ele desenvolve atitudes de cuidado em relação ao ambiente natural. Neste sentido, a natureza deve ser preservada, cuidada e mantida. Destruir a natureza é destruir a vida. Por Enoque Fernandes (aluno)
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