quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O Corpo, Lugar da subjetivação do Ser




Quando pensamos na prática de uma teologia devemos fazê-la na contemporaneidade, ou seja, voltar o olhar para os problemas, os desafios e também as aberturas. Afinal é na prática no contexto em que estamos inseridos que podemos refletir teologicamente.
Hoje vivemos uma super valoração do corpo. O corpo é o lugar de minha subjetivação. Contudo, o perigo está no exagero dessa subjetivação. Para nós cristãos, Deus revela-se à humanidade no corpo de seu filho Jesus. É o Divino que assume nossa corporeidade e humanidade. O corpo traz as marcas da história do sujeito, mas não pode ser “aparente” como é hoje, tem de ser encarnado. A sociedade do eudaimonismo escolheu a beleza como indicação aristotélica do Bem, de verdade, e negou a humanidade que existe nesse corpo. O belo hoje é o bem. O corpo perfeito é sinal de perfeição, de aceitação. A atual sociedade vê na aparência do corpo um subterfúgio para ver suas próprias exclusões. O feio hoje não tem mais lugar, Mas, o feio não tem corpo? O Feio não pode ser Bom?
Não escolhemos como será nosso rosto, nosso corpo... Contudo, na atual sociedade podemos “melhorá-lo”, pois o belo é considerado verdadeiro, mesmo sendo aparente. Muitas vezes por causa do belo as academias estão cheias e a solidariedade a espera por uma visita no hospital, no asilo... Não que o belo deva ser desprezado, mas ele não pode ser vazio, isso é contra a própria ontologia. A sociedade do corpo tem de conhecer a sociedade do amor. Não  é o que tenho ou aparento ser que diz quem eu sou, mas é o que sou  que demonstra o quanto valorizo Deus em minha vida e na dos outros. Por Marcos Cançado (aluno)

Créditos da figura: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiKJA5I6bQiSrSL41IOTslC2nyx5WUqyoCU4jQR_WIcNCEWbsrVE6X9W9WlPSuGqEVKz0H96wkfPfV2eZZHJMmpJGk4bKcU4qgFkY5g582BjAhhICeU73NF6CSoEzIpMiKjKq89IARLNR2/s1600/sinais-feiura.jpg

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