Réne Simon define a trajetória ética
como um processo e eu gostaria de partir dessa definição para definir também a
bioética como espaço de acontecimento do processo. O emprego desse termo
significa movimento e dinamismo que anima a agente moral a decidir a partir de
um caminho já percorrido e por percorrer.
Todo processo provoca debate, troca
de argumentos, contestação entre todas as realidades envolvidas, e a bioética
é, de certa forma, o espaço por excelência para tal debate, pois ela está
sempre em processo, pois segundo Simon ela depende “do dinamismo do sujeito,
sua movimentação na trajetória moral que inclui a ideia de um processo, de um
percurso em que o sujeito nasce pouco a pouco de si”¹.
Assim, podemos afirmar com segurança
que toda investigação bioética constitui um processo com o objetivo de colocar
em evidência determinada problemática, seja ela na área da biologia, ecologia,
medicina, tecnologia etc. A bioética não se contenta com as primeiras
evidências, seu papel e manter o processo. Ela tem o papel de analisar cada
problemática apresentada nas várias realidades existenciais.
A bioética como processo, funciona
como espaço moderador, interdisciplinar e hermenêutico, dos diferentes
elementos intervenientes que devem dar explicações apoiados no específico de
cada argumento nas suas prioridades sejam elas: éticas, médicas, jurídicas,
psicológicas, filosóficas, teológicas, sociais etc. Contudo, bioética tem por
missão dar por realizado o processo, só quando todos os elementos envolvidos na
questão participam decididamente de todo o processo sem instrumentalização de
nenhuma das prioridades acima apresentadas. Por Alex Nuno (aluno).
Créditos da imagem: http://zeimg.com/uploads/wallpapers/12/Alta%20Qualidade/Varios/Winter-Process.jpg
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