No contexto de um consumidor insatisfeito, efêmero, constituído de
desejos insaciáveis, o desafio que surge é o da Sustentabilidade. Para o
consumidor que é levado a esquecer a fé, os dogmas, os preceitos religiosos são
insuficientes e nem sempre têm credibilidade para a atualidade. “Os shoppings surgem como uma verdadeira
‘Igreja contemporânea’: esse fenômeno representa o desejo de consumo
permanente”. (FREITAS, 2005, p.84).
A questão que se coloca é a
sustentabilidade[1], mas a
ética é a do consumo. Na ética as escolhas são individuais e para a
coletividade, no entanto condicionadas pelo social[2]. O
homem estará disposto a se privar do consumismo? E qual é a medida certa para
que não haja consumismo, a sustentabilidade? Os abastados estarão dispostos a
permitir que os pobres melhorarem seu nível de vida? São essas questões importantes
para definir a ética da sustentabilidade.
Nesse Sentido, Leonardo Boff (2003) fala da necessidade de se fundar uma
ética planetária. Para tanto, o homem necessita criar certos consensos,
coordenar ações, abster-se de certas práticas e elaborar expectativas e projetos
coletivos tendo em vista uma ética e moral comum para todos os seres humanos,
vivendo numa mesma casa e com um destino comum.
É suscitado por Boff no homem uma tentativa de resposta que possa
originar um ethos mundial, que se traduzirá em cuidado, cooperação,
co-responsabilidade, compaixão e reverência à vida e à Terra. Uma aceitação
livre, consciente do homem em relação ao bem comum. Eis o desafio para o homem do terceiro
milênio: uma existência que respeite o outro, a natureza, o futuro. Por Marcos Cançado (aluno).
[1] O
desenvolvimento sustentável se propõe a satisfazer as necessidades das gerações
presentes sem comprometer a possibilidade, das gerações futuras de vir a
satisfazer suas próprias necessidades. (VARGAS, p.3077)
[2] Na
sociedade do consumo a população é condicionada a consumir e sem se preocupar
com a coletividade.
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