O documentário espanhol « Comprar, tirar, comprar »
(Comprar, jogar fora, comprar) explica a história da « obsolescência programada ». As empresas
fazem produtos que estão programados para falir (ou então sair de moda), para obrigar as pessoas a comprar de novo depois de pouco
tempo. A estratégia, desenhada para garantir o « crescimento » das vendas da
empresa, é apoiada por uma indústria de marketing que usa psicólogos para nos manipular, fomentando a nossa adição ao consumo.
Um « efeito secundário » desse fenômeno é que criamos um monte de lixo. Os
aparelhos estão feitos para quebrar, exatamente na peça que custaria mais caro concertar do que comprar um aparelho novo,
então jogamos fora o aparelho velho inteiro.
E quando a gente troca de aparelhos eletrônicos cada vez que mudou um
pouco a tecnologia, o que acontece a toda hora, jogamos fora o aparelho que até agora funcionava bem mas agora parece ser um « dinossauro ». Todo esse lixo cria níveis de contaminação nunca antes vistos, principalmente nos países pobres, atingindo a vida e a morte das mesmas pessoas que, além do mais, ficam fora da possibilidade de aproveitar os benefícios das novas tecnologias.
A realidade que descreve o documentário é vista desde Europa (principalmente Espanha), comparando com países como Gana, na África. Mas aqui
no Brasil, de fato temos ambas as realidades, por causa da enorme desigualdade
– alguns (e aí é que eu falo « a gente », acima) somos, por
nosso consumismo, o combustível da máquina assassina.
E outros, que ficam fora, sofrem as consequências.
Dentro dessa perspectiva, é bom lembrar que o Brasil é um dos países que mais recicla metais no mundo, e que a reciclagem
representa uma porcentagem importante da economia do país. Mas os catadores e as catadoras
que se dedicam a essa atividade, assim como o Servo Sofredor, são rejeitados ao mesmo tempo que nos salvam do nosso pecado. Por Emilio (aluno).
Créditos da figura: http://davidhuerta.typepad.com/.a/6a01347ff0d110970c014e8a75f7d7970d-500wi
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