A preocupação ambiental surgiu como antítese aos males causados pela
urbanização[1]. As
teses que defendem a preocupação ambiental são: a ecocêntrica, que tem por
objetivo não somente a diminuição do aumento da população, mas a redução em
números absolutos da população. Defende ainda, a criação de áreas de
preservação, independentemente da utilização dessas pelo homem. Nessa visão o
homem aparece como subordinado, inferior à natureza. Outra tese é a
preservacionista depois chamada de biocêntrica, na qual o homem é reconhecido
como mais um ser vivo na natureza, não tendo direitos superiores a outros
animais, o homem é tido como um igual, não é superior nem inferior à natureza.
Na tese Conservacionista a conservação da natureza é embasada em três
princípios: “o uso dos recursos naturais pela geração presente; a preservação
de desperdícios; e o uso de recursos naturais para o benefício da maioria da
população” (VARGAS, p. 3060). Cabe ressaltar que a tese conservacionista é o
germe de uma sociedade sustentável – paradigma da atualidade.
A visão biocêntrica ganha força
após a Segunda Guerra Mundial com o crescimento dos movimentos ambientalistas.
Outro fator que contribuiu para fortalecer a visão biocêntrica foi a divulgação
de estudos demonstrando a degradação dos recursos naturais e as conseqüências
prejudiciais para vida humana. Alguns parques e reservas ecológicas foram
criados. Conflitos existiram entre as escolas preservacionista,
conservacionista e distributiva. A preservacionista, que influenciou os
movimentos ambientalistas, defende a preservação da natureza. A
conservacionista defendia a eficiência econômica no uso dos recursos naturais. A
distributiva lutava por uma distribuição mais equânime dos recursos naturais.
Na década de 70 do século passado, influenciado pelo ecologismo, nasceu o
Relatório do Clube de Roma. Em tal relatório afirmou-se que os limites do
planeta seriam atingidos em cem anos devido aos níveis de crescimento
populacional e de consumo. Cabe ressaltar que em muitos países industrializados
programas de controle de fecundidade diminuíram o crescimento da população, no
entanto, o consumismo exacerbado tem levado essa sociedade reduzida em número
degradar os recursos em alta escala. Assim surge a problemática qualitativa:
para uma preservação ambiental tornou-se necessário uma mudança no padrão de
consumo que está relacionado diretamente com a cultura, valores, liberdade dos indivíduos
de uma sociedade – a ética. Por Marcos Cançado
(Aluno)
BIBLIOGRAFIA
VARGAS, Helena Camin. População e meio ambiente na entrada do terceiro milênio: em busca de uma nova ética. XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1999.
[1]
Industrialização, poluição da água do ar, aglomeração populacional, destruição
da natureza, congestionamentos.
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