quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Da Degradação Nasce a Preocupação Ambiental



A preocupação ambiental surgiu como antítese aos males causados pela urbanização[1]. As teses que defendem a preocupação ambiental são: a ecocêntrica, que tem por objetivo não somente a diminuição do aumento da população, mas a redução em números absolutos da população. Defende ainda, a criação de áreas de preservação, independentemente da utilização dessas pelo homem. Nessa visão o homem aparece como subordinado, inferior à natureza. Outra tese é a preservacionista depois chamada de biocêntrica, na qual o homem é reconhecido como mais um ser vivo na natureza, não tendo direitos superiores a outros animais, o homem é tido como um igual, não é superior nem inferior à natureza. Na tese Conservacionista a conservação da natureza é embasada em três princípios: “o uso dos recursos naturais pela geração presente; a preservação de desperdícios; e o uso de recursos naturais para o benefício da maioria da população” (VARGAS, p. 3060). Cabe ressaltar que a tese conservacionista é o germe de uma sociedade sustentável – paradigma da atualidade.
 A visão biocêntrica ganha força após a Segunda Guerra Mundial com o crescimento dos movimentos ambientalistas. Outro fator que contribuiu para fortalecer a visão biocêntrica foi a divulgação de estudos demonstrando a degradação dos recursos naturais e as conseqüências prejudiciais para vida humana. Alguns parques e reservas ecológicas foram criados. Conflitos existiram entre as escolas preservacionista, conservacionista e distributiva. A preservacionista, que influenciou os movimentos ambientalistas, defende a preservação da natureza. A conservacionista defendia a eficiência econômica no uso dos recursos naturais. A distributiva lutava por uma distribuição mais equânime dos recursos naturais.
Na década de 70 do século passado, influenciado pelo ecologismo, nasceu o Relatório do Clube de Roma. Em tal relatório afirmou-se que os limites do planeta seriam atingidos em cem anos devido aos níveis de crescimento populacional e de consumo. Cabe ressaltar que em muitos países industrializados programas de controle de fecundidade diminuíram o crescimento da população, no entanto, o consumismo exacerbado tem levado essa sociedade reduzida em número degradar os recursos em alta escala. Assim surge a problemática qualitativa: para uma preservação ambiental tornou-se necessário uma mudança no padrão de consumo que está relacionado diretamente com a cultura, valores, liberdade dos indivíduos de uma sociedade – a ética. Por Marcos Cançado (Aluno)



BIBLIOGRAFIA
VARGAS, Helena Camin. População e meio ambiente na entrada do terceiro milênio: em busca de uma nova ética. XI Encontro Nacional de Estudos Populacionais da ABEP, 1999.

[1] Industrialização, poluição da água do ar, aglomeração populacional, destruição da natureza, congestionamentos.

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