Parte II
Estes círculos
viciosos da morte estão interligados. Por isso, a libertação também precisa ser
fruto de ação conjunta. Não há receita
pronta, nem salvadores da pátria.
Os ideais democráticos de liberdade, igualdade e fraternidade ainda são válidos
desde que as ações de justiça e solidariedade sejam também globalizadas. Se não
temos mais um poder aglutinador que consiga unir uma nação ou a humanidade
toda, como por exemplo, a “ideia de Deus na Idade Média”. Nem podemos mais falar
de uma ética universal a qual todos devam obedecer, precisamos encontrar
valores que sejam universalizáveis e,
assim, através do diálogo, da comunicação... unir as forças, para cortar a
trama da morte e criar verdadeiras relações de libertação e de vida para todos.
Neste sentido, a
libertação dos círculos viciosos passa por uma verdadeira guinada ética. Onde a
economia esteja a serviço da vida, a política seja a busca do bem comum, a
cultura da paz e da liberdade alcance a todos, a fim de que cada um possa expressar
sua identidade e criatividade sem ferir a dignidade do outro. Ali, a natureza e
o homem sejam parceiros e não competidores; enfim, onde a vida boa seja respeitada, cuidada e desejada acima de qualquer
outro interesse.
Isso não é
idealismo. Nem imposição. É estratégica de sobrevivência. É acreditar que o ser
humano é capaz de compartilhar experiências, descobrir valores e agir em
conjunto. Para tanto é mister acolher
o outro como outro, despossuir o ego
do poder de querer fazer do outro um outro eu. Assim, ter-se-á condições de
desvencilhar nossa humanidade dos círculos viciosos da morte e criar o círculo
virtuoso da vida e da humanização. Por Rodrigo Ferreira da Costa (aluno)
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