segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Dos círculos viciosos da morte aos círculos virtuosos da vida


Parte II
Estes círculos viciosos da morte estão interligados. Por isso, a libertação também precisa ser fruto de ação conjunta. Não há receita pronta, nem salvadores da pátria. Os ideais democráticos de liberdade, igualdade e fraternidade ainda são válidos desde que as ações de justiça e solidariedade sejam também globalizadas. Se não temos mais um poder aglutinador que consiga unir uma nação ou a humanidade toda, como por exemplo, a “ideia de Deus na Idade Média”. Nem podemos mais falar de uma ética universal a qual todos devam obedecer, precisamos encontrar valores que sejam universalizáveis e, assim, através do diálogo, da comunicação... unir as forças, para cortar a trama da morte e criar verdadeiras relações de libertação e de vida para todos.
Neste sentido, a libertação dos círculos viciosos passa por uma verdadeira guinada ética. Onde a economia esteja a serviço da vida, a política seja a busca do bem comum, a cultura da paz e da liberdade alcance a todos, a fim de que cada um possa expressar sua identidade e criatividade sem ferir a dignidade do outro. Ali, a natureza e o homem sejam parceiros e não competidores; enfim, onde a vida boa seja respeitada, cuidada e desejada acima de qualquer outro interesse.
Isso não é idealismo. Nem imposição. É estratégica de sobrevivência. É acreditar que o ser humano é capaz de compartilhar experiências, descobrir valores e agir em conjunto. Para tanto é mister acolher o outro como outro, despossuir o ego do poder de querer fazer do outro um outro eu. Assim, ter-se-á condições de desvencilhar nossa humanidade dos círculos viciosos da morte e criar o círculo virtuoso da vida e da humanização. Por Rodrigo Ferreira da Costa (aluno)

Crédito da figura: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQeW19D7S9DATyyrAvIylOIc7OvBBQgXBmxj4bCjdOBYztLyMseZdWb2ctVdRGzeHgYhuCgS2vzgarSPKOhsI90uLbzU_HGswWo1YQr1ae4A3NyMeO_mG9OfSY89F3WgEgszoaBhlqGwU/s1600/upward+spiral.jpg

Nenhum comentário:

Postar um comentário