domingo, 12 de fevereiro de 2012

Em prol da vida


Em prol da vida, diz a canção de padre Zezinho. E com base nela, inspiro-me para fazer algumas considerações que me parecem importantes, num estudo de bioética, cujo cerne da questão, é a vida. Em prol da vida significa zelar (cuidar) do conjunto, do todo do universo e não de algumas partes, no sôfrego de escolher o que conta para a vida e para Deus. Em prol da vida é lutar, defender, escolher a vida. E na escolha da vida, o homem realiza o maior projeto de Deus, amar e servir. Em prol da vida, o homem desenvolve um gradual processo de saída de si mesmo e de progressiva abertura para Deus e para o próximo.   
            É porque desde o princípio, Deus afiançou-nos a vida, posta entre dois caminhos. E, estar a frente de dois caminhos, torna a vida uma escolha cotidiana, um contínuo escolher e fazer o bem. Na escolha, a pessoa explicita a imagem de Deus que tem. Ou seja, é a experiência que se faz de Deus que determinará a escolha a favor da vida ou da morte. Em prol da vida, é estar do lado do Deus vivo, de presença gratuita expressa na criação. Todavia, é comum alguns padronizarem-se, no sentido de se fecharem, engessando sua relação com Deus. Porém, quem perde é a pessoa porque se relaciona com um Deus rígido, das margens estreitas demais. São os zelotas da vida, amargos e fanáticos, que não aprimoram suas opções e se tornam as milícias de um Deus sem compaixão e sem preferências.   
            Diante do desafioso cuidado da vida, surge nos cristãos, a necessidade de superar uma vida cristã anêmica, uma vida cristã de indiferença, uma vida cristã de tradição cultural mais que de opção de fé pela pessoa de Jesus Cristo, que dedicou-se a tempo integral na defesa e na preparação da festa da vida para todo ser humano. Porque "Deus viu que tudo que tinha feito era bom" (Gn 1, 31), e o seu sonho "para que todos tenham vida" deve permanecer de pé, como termômetro afiançável por quem é em prol da vida! A bioética é em prol da vida, quando é desafiada a traçar reflexões do tipo, os seres humanos e os demais viventes formam uma corrente sagrada de vida que exige solidariedade, cuidado e gratidão. "Então vive e deixa viver"! Por: Iran Brito (aluno)

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