quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

ÉTICA DE CRISTO


Numa sociedade que parece caminhar cada vez mais na lógica do “ter” sobre o “ser”, nos cristãos estamos chamados a levar uma vida pautada pela ética do amor pregado por Jesus Cristo. Não podemos esquecer que a nossa fé cristã nos exige que nos amemos os uns aos outros assim como Jesus Cristo nos amou (cf. Jn 13,34). 

Não é um exagero afirmar que a nossa existência não é outra coisa que o amor sem medida ao próximo. O grande exemplo desse amor expressa-se no evento Cristo. Na encarnação de Jesus: Deus se fazendo homem para se relacionar “rosto a rosto” com a humanidade. Ele mesmo, entrando em relação com os povos, culturas etc. Na vida pública de Jesus, Deus fazendo realidade o Reino: “os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, aos pobres é anunciado o Evangelho” (Lc 7,22). E na cruz: a expressão do amor extremo à humanidade (cf. Jo 3,14-21). 

Daí que a nossa fé sempre exige proximidade, relação de amor entre irmãos. A ética do amor é uma ética da responsabilidade e do cuidado do outro que tem um rosto concreto. Por isso, não há amor maior que entregar a vida pelos amigos (cf. Jn 15,13). Peçamos a Deus a graça de vivermos segundo o paradigma do amor que Jesus Cristo nos ensinou com sua vida. Por Bernardo Mercado Vargas (aluno).


Crédito da figura: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0d/Christ_Giving_His_Blessing.jpg

Um comentário:

  1. A nossa fé de fato exige proximidade e relação. É por isso que o paradigma ético-cristão (se podemos dizer assim), não é nem a heteronomia em que Deus determina nossa ação de fora, o que dá a ética um caráter extrínseco; nem é o da autonomia que fica preso demais ao racionalismo, redundado quase numa moral principesca; mas na "alteronomia". É pautar-se pelo alter (o outro) que, como Bernardo disse, tem um rosto que me provoca e me "des-alter-a". Jesus soube viver essa ex-centricidade, no amor ao outro.

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