quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A força da ciência para o bem da humanidade


O processo continuo de desenvolvimento da sociedade humana trabalha a fantástica relação do ser com o cosmo no mesmo compasso de uma estrutura dinâmica e gigante com o universo, ser passível de comparação ao minúsculo interior de uma célula e do átomo. Isso demonstra a capacidade “hermenêutica” do homem em dar sentido ao conhecimento tanto micro como macro de seu próprio ser. Contudo, até que ponto a compreensão que se tem das especialidades múltiplas das ciências e da técnica se contrasta com o todo do conhecimento humano é impressionante. De outra forma, é necessário perceber o geral, o universal, a visão mais ampla para dar sentido e conceituar o particular?
            É possível que a visão hodierna, em em virtude de respostas de tipo pragmáticas e objetivas, esquece ou não dá a devida atenção a realidade da totalidade e complexidade que é o ser humano, o qual está em continua relação com outros seres; e as proporções que uma determinada expressão tecno-cientifica pode afetar a pessoa em sua individualidade e a humanidade em geral. “Expressão” essa dotada de mais variadas vertentes de objetos de estudos, desde as descobertas bio-nucleares, até os estudos inerentes a astronomia e a física quântica. Dotado, logo, de capacidade em refletir e desvendar o mistério que o circunda e está dentro de si, o ser humano pode ou valorizar mais o objeto de conhecimento estudado/pesquisado em per si, ou dar sentido a esse “objeto” no intuito de compreender sua relação com ele próprio (ser humano) e seu indubitável fim para o qual toda atividade humana, seja individual ou coletivo, deviria ser exigida: o bem!
            O ser humano em sua compreensão sobre a realidade que o cerca e a qual está em seu interior de forma biológica ou psíquica, está vinculado de forma sine qua non a relacionar-se com outros de sua espécies, participando de uma coletividade que não deve ser deixado de lado no decurso de um tese científica. Dessa forma, seria inegável a afirmação de que para chegar ao particular é preciso observar atentamente o universal; indo mais além, mais vale o bem como consequência/finalidade da ciência em seu contexto mais universal do que o proveito pontual e pragmático mesmo que atingindo beneficamente a particularidade de um único ser.
            Um único ser que pensa, que é livre em sua expressão mais fundamental, no qual a vida dele é assumida com um “eu” absoluto no qual não existe outro igual a ele, e sua vida não pode ser partilhada nem vivida por outro, também tem sua finitude e sem-número de predisposições nas quais delimitam seu círculo de compreensão. E quanto menos a principal característica que o define com homo sapien sapiens é objetivada em único campo de visão, mais sua compreensão se fecha e é aprisionada a uma realidade que aparentemente pode até trazer um bem a um individuo específico, todavia traz consequências funestas para a humanidade ou o destino do planeta.
            Podemos então argumentar que a particularidade de uma experiência é tão maléfica quanto a pluralidade de especializações tecno-científicas que fora dividida a totalidade do homem com seu meio-ambiente. Perdendo-se de vista o horizonte pelo qual todo do conhecimento humano tenderia a chegar (bem universal ou o mais universal possível), a compreensão individual acarreta não apenas um prejuízo pessoal, mas e inclusive traz consequências a nível social, ultrapassando as barreiras de uma nação ou visões religiosas, filosóficas e culturais já pré-estabelecidas, atingindo todo o globo terrestre.
            Diante de todo esse processo desenvolvimento do conhecimento humano, uma ferramenta produzida pelo aprimoramento das relações humanas  plural e universal tem o papel de ir além do poder de realização das ciências, da tecnologia ou qualquer outra atividade na qual a finalidade do “bem” global não é clara. A ética tem um papel fundamental para dar sentido a esse “poder” humano buscando o bem em seus mais amplos e variados aspectos. O processo dinâmico do conhecimento não pode perder de vista os benefícios possíveis de ser alcançados por todos. A liberdade da produção do conhecimento, doravante, deve estar atenta a pluralidade dos indivíduos contextualizados em sua diversidade de “predisposições” do mundo que “está-aí” e deve ser cuidado por todos que nele vive sem exceção. Por: Hugo Galvão (aluno)

Créditos da imagem: http://www.duke-energy.com/investors/publications/annual/ar-2007/_img/building-bridges/0.jpg

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