quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Tecnologia, do jeito certo, útil a vida.



Tecnologia é o conjunto de descobertas que emergem a partir da alargada capacidade que o homem tem de pensar, criar, inventar. Surge como forma de suprir necessidades a ele inerentes. A partir desse conceito, quer se afirmar que a tecnologia tem sua razão de ser, é útil à vida das pessoas.
É claro que por ela, a vida, seja do homem, seja do planeta, tem sofrido sérias conseqüências. É porque o homem não aprendeu a lidar com esses meios. Como deveria ser? Com a mesma proporção e potencialidade com que se desenvolve as técnicas, seja também, igual ou maior a sabedoria para usá-las em prol da vida. Em outras palavras, o homem precisa integrar-se na sociedade concatenada de técnicas, e frente a elas agir guiado por um ethos de forma a impedir que a vida seja ferida, porque tecnologia utilizada do jeito certo, facilita a vida.
No entanto, com a ascensão tecnológica, não é difícil perceber que o relacionamento humano, não somente com a natureza, mas com a vida em geral, é carregado de violência, motivado pela avidez e o descuido. Estamos mergulhados num sistema estressante de consumo, verdadeiro motor da dinâmica de exploração dos recursos vitais e naturais. Tal exploração está gerando conflito, como prática normal, para que alguns possam garantir o controle dos recursos vitais.
Experimentamos já as dramáticas conseqüências de tal sistema de vida que se tornou gerador de uma profunda degradação do ecossistema planetário, conseqüências explícitas da vulnerável convivência com os meios técnicos. O homem está, de certa forma, dominado, seduzido pela tecnologia.
Faz-se aqui, sem cair em heresia, porque conhecemos a grandeza de Deus, uma alusão da invenção das técnicas, ao homem, criatura de Deus, que o criou bom, para o exercício do bem. Porém, com o advento do fenômeno antropocentrismo, o homem, centro do universo e dotado de capacidades de invenção, passa não só a gerir, mas manipular a natureza e o mundo com finalidades próprias. É aqui que se considera o homem uma surpresa para Deus, desviou-se do projeto para o qual foi pensado, ser bom, fazer o bem.
Assim é a ciência, invenção humana para favorecer a vida, acaba ameaçando-a, sobretudo a do próprio homem. É porque, mesmo com seus limites, a ciência ora ultrapassa o esperado do homem. Aqui urge a bioética.
Logo, os progressos da ciência colocam desafios que a tradicional ética não dá conta de responder. E para dirimir essa questão, é oportuno um saber ético, um engajamento conjunto em defesa da vida e do ecossistema. Em outras palavras, é preciso somar forças e entrar num mutirão mundial de salvaguarda da criação, dentro de uma espiritualidade integradora, ecológica, no intuito de fazer dos bens do Grande Bem, oásis de acolhida para toda a humanidade. Por: Iran Gomes Brito (aluno)

Créditos da figura: http://darmano.typepad.com/.a/6a00d8341bfa9853ef0120a6312cc7970c-500wi

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