quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A Igreja como canal para a formação da consciência

A crise atual não tem precedentes em questão de complexidade e diversidade de aspectos. À era industrial, na qual o homem usava as energias físicas, sucede-se a era da energia escondida na matéria e, por conseguinte, a era da arma absoluta. O homem se evade da terra, seu cérebro, aliviado pelo computador, vê aumentar sua liberdade, seu poder de criação instaura-se a crise dos valores. A riqueza das nações exaspera os povos que passam fome - a maioria -, a biologia coloca em questão não só o uso e a finalidade da sexualidade humana, mas a própria existência da família bem como a noção de pessoa humana. Tudo é colocado em questão. Pensemos pelo lado positivo, a reflexividade da existência e do agir humano. 



Diante das perguntas que querem ser aprofundadas a fim de que o agente – o homem – possa escolher, muitas são as colaborações dos diversos níveis da sociedade. Um nível é a religião. Ela não é a detentora da verdade, mas está em busca, uma vez que tem como fonte Jesus, o ser humano por excelência. Ela é um canal que pode contribuir para a formação da consciência da pessoa humana, uma vez que ela aponta para valores éticos que querem defender a dignidade da pessoa humana. 

A Igreja, a partir do Vaticano II, defendeu a justa autonomia das ciências (autonomia das realidades criadas). Ela afirma que as ciências médicas têm feito consideráveis progressos no conhecimento da vida humana. Porém, salientou que a pesquisa científica e suas aplicações não podem aceitar apenas critérios de eficiência técnica e utilitarista, deixados à mercê das ideologias dominantes. 

A instrução Donum vitae afirma que a ciência deve estar a serviço da pessoa humana, dos seus direitos inalienáveis e do seu bem verdadeiro e integral, segundo o projeto de Deus. A Igreja deixa claro que o corpo embrionário desenvolve-se progressivamente, segundo um programa bem definido e com um fim intrínseco próprio, que se manifesta no nascimento da criança. Pode-se dizer que o ser humano não é meio, ele é um fim, um bem em si mesmo. 

Para o cristão, Jesus é o centro da formação das consciências, uma vez que pela sua encarnação revelou plenamente o significado e o valor da pessoa humana. Jesus é o ulterior horizonte da vida dos homens. Nele os homens e mulheres podem refletir sobre a vida humana e sobre os atos que a constituem. Por Isaac Celestino de Assis (aluno).


Créditos pela foto: http:http://www.whyisrael.org/wp-content/uploads/2009/09/cruciform_light.jpg

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