quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O HOMEM ÉTICO

Construir uma ciência como ética supõe uma longa e complexa reflexão, daí sua relação com a Antropologia sobre o que o homem é. A ordem no que deve mover-se, o ato humano, o conhecimento, a liberdade, direitos e deveres e sobre as relações “obrigatórias”, para com ele mesmo, com os outros e com Deus.

O que podemos observar a partir das aulas de Bioética, é que a ética supõe no homem a capacidade para formar juízos de valor sobre os diversos objetos e atos que tem que realizar e entre os que têm que escolher. O homem sabe que tem que escolher e experimentar o dever de escolher bem. A justiça que se opõe a injustiça, o amor se opõe ao ódio, etc. O homem, por sua vez, experimenta a obrigação moral, ou seja, o dever de formar sua conduta e seus valores morais objetivos. O dever de cumprir o que é moralmente bom e evitar o que é moralmente mau.

O homem é capaz de valorizar diversos bens e de autodeterminar-se livremente por um deles; ele tem sido capaz de conhecer não somente o ser, mas também o dever ser; tem sido capaz de enunciar códigos que orientam sobre o bem e o mal, sobre as atitudes e os fatos que merecem elogios e os que são reprováveis. Todos estes elementos bem e mal, dever, consciência, liberdade, valor, responsabilidade, lei, são elementos exclusivos do ser humano.

Consequentemente, o homem é um ser ético, de relação que busca a virtude. Pois a virtude é própria da alma racional que se encontra em harmonia: no exercício da virtude está o divino no homem. E essa busca se dá na relação com o outro; se dá na dialética (debate intelectual) que é o movimento que parte do mundo sensível ao inteligível até chegar à ideia de bem e do belo, ou seja, as formas inteligíveis que são unas, imutáveis, incorpóreas, eternas, o ser em sentido pleno. Por Valdeci Gama (aluno).

Créditos da foto: http://meme.zenfs.com/u/14f23d7341823eb3be83d8e556a54042d9086f87.jpeg


PERINE, Marcelo. Nas origens da ética ocidental: Ética a Nicômaco, in Síntese 25 (1982).  p 21-38.      
VALLENDE, Carlos, Manuales de teologia católica, volumen XVI, Edicep, Valencia, 2002, p 128-129.

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