segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O mundo é um rosto sem certeza


Quando pequenos já ouvimos muito a indagação: o que você quer ser quando crescer? E nós como que hipnotizados, respondíamos: médico, dentista, professor, bombeiro, pedreiro... Onde será que quando adultos, ficam guardados esses desejos profissionais?
Faço essa pergunta, porque muitos falavam em ser algo; e hoje adultos, são outros. Será porque enquanto crianças não temos noção do capitalismo? Ou será que a vida quis outros caminhos? Essas perguntas, somente cada um pode responder. O mundo começa a nos mostrar seus rostos já quando adolescentes. Vemos... Entretanto, não temos certeza.
Muitos homens vivem na utopia. Perderam a consciência. Não sabem o valor de viver e o valor da vida. Para eles o mundo já mostrou seu rosto certo: ser marionete. É tão belo ver homens que pensam, que fazem acontecer; e que, mesmo não terem certeza do que querem, aos poucos vão vendo o rosto do mundo. Carlos Drumond de Andrade em seu livro “Sentimentos do Mundo”, descreve: “...Vai Carlos, vai ser gauche na vida”. Com essa frase, ele indica que é chegada a hora dele ser alguém na vida. Andar por si só, mesmo sendo errático, estranho.
Vários rostos o mundo nos oferece. O rosto do prazer, do ter, do ser... Apenas rostos incertos. O que o mundo quer ter, é um rosto aonde poucos são donos do saber. E a maioria marionete de um sistema chamado de neoliberal. Porém, opressor. Veja o número de pessoas analfabetas. Veja o número de analfabetos do todo. Por exemplo: o médico especialista, sabe tudo de uma parte e na sabe do todo. São analfabetos do conjunto, sabem apenas o que lhes interessa. Precisamos absorver todo o conhecimento possível. Precisamos ter olhos como um prisma. Devemos ser capazes de absorver a luz e filtrá-la em várias outras. Precisamos do rosto do saber. Essa face que o mundo tão bem oculta de nós. Sócrates, o filósofo, dizia que quando a pessoa sabe, ela age bem.
O mundo é uma fábrica de sonhos. E os sonhos não têm rosto. São drogas tranqüilizantes para esquecermos de nossos próprios rostos. É aí que o povo começa a ler a vida negativamente através de Deus: “eu sou assim, porque Deus quis”. Aí já se mostra o rosto incerto da vitória. Sair das justificativas e partir para a busca do conhecimento é mostrar ao mundo que você quer ter rosto. Querer fazer o seu papel enquanto pensante – ter consciência. Veja que no hebraico, consciência significa coração. Precisamos ouvir nosso coração bater. Para assim acordarmos para o mundo.
Para o mundo o que vale são os conhecimentos. A vivência nada significa. Construa seu rosto com eles. Não tenha espelhos na lapela para ver o rosto do outro. Seja especial. Mostre aos outros o seu próprio rosto. Dê ao mundo uma certeza – eu existo! Por André Lemos (aluno)


Crédtios da figura: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD8_wafSVdAAHV9rAX63FpMlQQ4hh3YJYVfUTDxaP9pln9PwkGKq0ZpjiYHn2Cehaob6vKPj1W6zI3R6C6moLMtfwXrkZNDBFC-5gtTxgslwM6Dq9-VJHVw-4u6G2mY5Xz0wtv0NFQt_s/s1600/figura+das+sete+faces.jpg

Nenhum comentário:

Postar um comentário