domingo, 12 de fevereiro de 2012

Perguntar-se pelo telos da vida


O coração de Ani é pesado contra a "pluma da verdade", se ele
for mais leve ou equivalente, Ani entrará na vida eterna.


            Conta uma lenda fúnebre do antigo Egito que, quando uma pessoa morre, esse alguém é carregado num barco para ser levado à cidade das almas. Chegando à porta de entrada, um guardião tem de conferir se a pessoa é destinada a um lugar de felicidade, ou a um lugar de infelicidade eterna. O que decide é o peso da balança. O coração do defunto é arrancado do corpo e posto no prato da balança. Se seu peso for suficiente, sua viagem continuará até o lugar da felicidade eterna. Se for escasso, seu destino será outro.
            O que seremos depois da morte dependerá muito da maneira de como levamos para frente nossa existência aqui na terra. Como diz Paulo Freire, "só podemos falar de lá a partir de ". É aqui que gostaria de aprofundar na reflexão! O pós morte se constrói aqui na terra. Não é nenhuma novidade, nem uma nova descoberta, apenas uma constatação. O que conta é o amor, o cuidado desde a menor vida, a vida humana e dela a do planeta.
            É notório, as manifestações de apreço, de carinho, de amizade para com grandes defensores da vida, da ética,  da ecologia, atestam o quanto a vida é importante. Mas, no cenário atual da vida, perguntas chaves, existenciais, a sociedade hodierna tem deixado de lado, por considerá-las motivos de distração diante das metas elegidas como prioridades: progresso técnico científico, aumento de poder, bem-estar individual acima de qualquer coisa, produção de riqueza que está desaparecendo, na medida que nos deixamos influenciar pelos que vivem no e do mercado e oferecem para nós, Big Brother Brasil.
            Em meio as agitações do mundo tecno-científico, é  urgente se perguntar: Qual o sentido de tudo? Qual a origem da existência humana? Qual o caminho para se encontrar a felicidade que dura, a verdadeira satisfação? São perguntas fundamentais para quem deseja vislumbrar o telos da existência.  Caso contrário, corre-se o risco de parar, sentar e "deixa vida me levar, vida leva eu".   Por Iran Brito (aluno) 

Créditos pela figura: http://www.britishmuseum.org/images/scales384b.jpg

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