PERGUNTAS OU RESPOSTAS?

Perguntas ou respostas, sejam elas positivas ou não, afetarão direta e profundamente a forma como a vida humana e de seu planeta será nas gerações vindouras. Ter a coragem de questionar a ciência eticamente e a partir dos valores cristão, não é colocar-se contra a evolução do mundo, mas é demonstrar preocupação e responsabilidade para com a criação. É dever da ética cristã ter os pés plantados na história e no evangelho para não cair na armadilha da empolgação que muitas vezes levou a humanidade a incorrer em graves erros.

No início da modernidade, certa utopia científica prometeu ao homem uma vida próspera, longa e cheia de felicidade. Onde a máquina trabalharia por ele e, consequentemente, caberia ao homem apenas esperar os benefícios. Mas, hoje, eis que o imprevisto aconteceu e o cenário que realmente temos é o ser humano, de certa forma, escravizado pela máquina, substituído por ela, ou encadeado a ela.

Vários estudiosos fundem, hoje, um conceito de uma nova cultura que emergiu, chamando de cibercultura a relação homem-maquina. Somos mais máquinas do que seres ou somos mais seres que maquina? Talvez o ponto central dessa nova cultura é saber como dosar as coisas, ou seja, como realmente viver em harmonia, eticamente, moralmente com as novas tecnologias que continuam nos prometendo um futuro promissor.


Hoje o que podemos fazer? Que caminhos podemos trilhar com as novas tecnologias? Como podemos usar as novas tecnologias ética e moralmente como parceiras e não como vilãs?

Talvez não teremos respostas para nossas perguntas, mas sempre exporemos perguntas. Os anos passarão e a tecnologia evoluirá muito mais. Teremos mais e mais perguntas, e cada vez mais, teremos menos respostas. Mas são elas que nos moverão a buscarmos soluções para nossos problemas, são elas que nos motivarão a um futuro de sonhos e realizações entre homens e máquinas. Por Valdeci Gama (aluno).

Créditos da figura: http://linoresende.jor.br/wp-content/uploads/2011/01/pergunta.jpg