quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

POR UMA COMUNICAÇÃO HUMANIZADORA



Considerando a Bioética como estudo interdisciplinar que lida com a administração responsável da vida ou da pessoa humana (D. Roy), abordar-se-á neste texto a comunicação como possibilidade de humanização da pessoa e do mundo.
Parte-se do pressuposto de que a comunicação humana é, em primeiro plano, a busca do outro. Comunicar é buscar construir e manter vínculos. Quem comunica partilha algo com o outro, num processo recíproco. Não deveria haver soberania do emissor e passividade do receptor. Deveria haver trocas. A comunicação se dá quando emissor e receptor se sentem como iguais. Daí não haver diálogo quando um grita e o outro cala. Ou quando um grita e o outro grita mais alto ainda. Comunicar é coabitar. De modo que não há comunicação sem o respeito ao outro.
Como nos comunicamos a todo o momento, o processo parece banal. Mas é a comunicação que nos move. Ela atravessa todas as nossas atividades: em casa, na igreja, no lazer, no trabalho, na escola, na política. Isso porque comunicar, na sua forma mais original, não é privilégio de alguns, mas concerne a todos os meios sociais, a todas as classes, a todas as idades e a todos os povos. Quando podemos dizer nossa palavra, experimentamos a sensação de liberdade, porque comunicação é, ao mesmo tempo, símbolo de liberdade, de democracia, de emancipação e também de consumo.
Por falar em consumo, entram em questão as técnicas que a criatividade humana suscita no âmbito da comunicação. Sabe-se que, em menos de cem anos, foram inventados e democratizados o telefone, o rádio, a imprensa, o cinema, a televisão, o computador, as redes. Tudo isso reduziu as condições de trocas e de relação. Reduziu, sobretudo, as distâncias, confirmando a chamada aldeia global (McLuhan).
Por isso, hoje, queremos não só nos comunicar, mas também ter acesso às ferramentas que oferecem os mais sofisticados recursos de comunicação. Crianças, adolescentes e jovens – considerados nativos da “era digital” – sentem-se muito confortáveis na utilização das técnicas e preferem presentes como celular, notebook, iphone, ipad e outras ferramentas do gênero.
Embora muitas dessas ferramentas ainda sejam privilégios de alguns, elas se popularizam sempre mais. O desafio é aliar ferramentas a valores sempre mais democráticos e humanizadores. Não se trata de condenar nem endeusar a técnica, mas agregá-la na construção de um mundo de paz, sem exploração, tirania, violência nem mentiras. Por Antonio Iraildo Alves de Brito (aluno)

Créditos para a figura: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0LN75OKUe7dGfc7ttbMBgxIxMF14t8D25GH2HVQYEtI-c23b6Rym6z2cCwoERr-ejWls73UMHK8VnBDlA5_wQk_snoPB_GbNRvmh2nE9Cptzj5CGIKVol7rfmvOgpkpf0R8z_yEa7uck/s1600/kommunikasjon508.jpg

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