quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Progresso científico x vida humana



            Não é de hoje que a humanidade acalenta dois sonhos: um novo ser humano capaz de construir um novo mundo. No passado, os conhecimentos científicos e técnicos eram escassos. A saúde e a vida das pessoas ficavam expostas sem que o ser humano pudesse reagir de forma eficiente. A mortalidade precoce era comum, tanto que por volta dos anos 100 a expectativa de vida oscilava entre 25 e 30 anos. A bem da verdade se sabe muitas das deficiências humanas provinham das precárias condições de vida da população e da carência de recursos técnicos. Essa situação prevaleceu ao longo de toda idade média, com sinais de melhorias a partir do século XV.
            O verdadeiro salto qualitativo na melhoria das condições de vida e de saúde ocorreu no século XIX por causa do desejo humano de moldar o mundo circunstante, não que esse desejo não houvesse antes, mas era às vezes cerceado pelo pensamento religioso reinante. Tudo deveria passar pelo crivo da religião. Moldar a vida humana tinha que primeiro ser aprovado pelos intelectuais religiosos. Não só a religião mais outros meios privavam muito o crescimento científico. Até que houve a explosão científica onde se constatou o descobrimento de muitos meios para se cuidar da saúde do homem bem como, prolongar seus dias de vida. Cresce-se a expectativa de vida.
            Hoje, diante do avanço tecnológico vê que muitos avanços em que o centro é o homem, como por exemplo: campanhas de saúde com suas diversas vacinas e com resultados surpreendentes, as diversas pesquisas sobre muitas doenças com seus múltiplos tratamentos, os estudos de doenças com o intuito de ajudar na prevenção. Muita coisa boa foi e está sendo feita, não tem como negar isso.
            Por outro lado, há uma preocupação sobre o acesso e popularização de todo esse progresso científico. Surgem inúmeras perguntas, tais como: a ciência tem sido usada para expandir o projeto de Deus, isto é, para dar continuidade ao plano de criação com a finalidade de fazer o bem para o homem? Tem sido um bem para todos ou alguns? O caminho das técnicas tem diminuído as injustiças ou tem provocado cada vez mais a desigualdade entre as pessoas?
            Ao mesmo tempo em que a produção científica é promessa de dias melhores na terra é também uma ameaça à vida humana. Essa ambiguidade está presente nesse desejo humano de ser co-criador. O que vale é o equilíbrio. Vai um conselho: usemos nossa liberdade criadora com criatividade e responsabilidade afim de que o projeto de expansão da criação iniciada por Deus coloque no centro o bem da vida humana. O limite é o bem do outro. Por Isaac Celestino de Assis (aluno).

Crédito da figura: http://www.datech-srl.com/assets/images/azienda/chi_siamo_new.jpg

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