A Bioética no seu estatuto de
reflexão tem o desafio de propor a preservação da diversidade e da alteridade,
num mundo em que a globalização tem certas pretensões uniformizadoras por meio
da tecnologia, biopoder etc. Há uma ditadura do pensamento único, do agir
único, da comunicação única que reforçam o poder dos fortes sobre os fracos,
que em nome do capitalismo e do utilitarismo impedem a diversidade, a
pluralidade e alteridade.
Quando se observa a humanidade não
se pode deixar de perceber com razoabilidade, que ela se caracteriza por uma
diversidade de alteridades que formam a sua identidade. Nela podemos observar várias culturas, modos
de vida, linguagem, festa, religião etc. Existe uma verdadeira diversidade e
alteridade que constitui uma riqueza imensa (sem romantismo) desta humanidade.
Não queremos com tudo isso dizer que não se deve haver intervenções na
realidade, apenas chamamos a atenção para a pretensão de acabar com a diversidade e
alteridade da humanidade e da natureza por interesses puramente ideológicos,
sejam eles econômicos ou políticos.
Na diversidade preservamos a
alteridade e também “o movimento de sístole e de diástole: aproximação, mas sem
confusão. Assim, ao mesmo tempo em que tudo está voltado para a comunicação e
para a comunhão, tudo está destinado a manter a sua originalidade”¹. Daí a
função da bioética em encontrar caminhos para que a criatura e a criação não
percam seu encanto, seu sentido e sua beleza. Neste ponto a teologia pode
ajudar muito. Por Alex Nuno (aluno)
Créditos da foto: http://cunysps.files.wordpress.com/2011/02/diversity02_transparent.gif
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