quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

SOBRE A NECESSIDADE DE SE MANTER A DIVERSIDADE E A ALTERIDADE

            A Bioética no seu estatuto de reflexão tem o desafio de propor a preservação da diversidade e da alteridade, num mundo em que a globalização tem certas pretensões uniformizadoras por meio da tecnologia, biopoder etc. Há uma ditadura do pensamento único, do agir único, da comunicação única que reforçam o poder dos fortes sobre os fracos, que em nome do capitalismo e do utilitarismo impedem a diversidade, a pluralidade e alteridade.
            Quando se observa a humanidade não se pode deixar de perceber com razoabilidade, que ela se caracteriza por uma diversidade de alteridades que formam a sua identidade.  Nela podemos observar várias culturas, modos de vida, linguagem, festa, religião etc. Existe uma verdadeira diversidade e alteridade que constitui uma riqueza imensa (sem romantismo) desta humanidade. Não queremos com tudo isso dizer que não se deve haver intervenções na realidade, apenas chamamos a atenção para a  pretensão de acabar com a diversidade e alteridade da humanidade e da natureza por interesses puramente ideológicos, sejam eles econômicos ou políticos.
            Na diversidade preservamos a alteridade e também “o movimento de sístole e de diástole: aproximação, mas sem confusão. Assim, ao mesmo tempo em que tudo está voltado para a comunicação e para a comunhão, tudo está destinado a manter a sua originalidade”¹. Daí a função da bioética em encontrar caminhos para que a criatura e a criação não percam seu encanto, seu sentido e sua beleza. Neste ponto a teologia pode ajudar muito. Por Alex Nuno (aluno)

Créditos da foto: http://cunysps.files.wordpress.com/2011/02/diversity02_transparent.gif

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