Não
obstante, após longos séculos, este mesmo Deus terá outro forte atributo dentro
desta mesma tradição. Tradição que possibilita gerar outra tradição, a cristã.
Esta se afirma como tal após o evento Cristo. Este, segundo seus seguidores, é
Deus de Deus e enviado por Deus para mais uma vez libertar o povo. (Jo1, 1-18).
E para os cristãos, isto é, para os adeptos de Cristo, a libertação de Cristo
é, ainda, mais radical, já que, ele não só libertaria um povo, mas todos os
povos, ou seja, toda a humanidade do jugo da morte.
Logo,
Jesus revela não só um Deus libertador nos moldes judaicos, mas também um Deus
solidário, próximo e amigo (Cf Ex 3, 7-10; Lc 10,30-35 ); um Deus que é pão em
abundância (Cf. Jo 6,35 ); um Deus inclusivo (Lc 10,38-42) e que se dá a
conhecer a todos e, de maneira especial aos humildes ( Lc10, 21-22). Ele é a
fonte da vida (Jo 7,38); ele é o farol da eternidade (Jo 8,12); ele é o bom
pastor e nos conhece verdadeiramente (Jo 10,14-15); ele é a vida plena (Jo
10,10); ele é a ressurreição (Jo 11,23-25), esse é o Deus revelado por Cristo
(11,27).
Assim, Jesus tende a revela tanto que Deus é
libertado como também é o Deus da vida.
Por isso, para os cristãos, filhos do judaísmo, o mesmo Deus que libertou o
povo do regime faraônico é o Deus que libertou o povo das amarras da injustiça
social de seu tempo, libertou o povo do moralismo religioso, libertou das
técnicas de argumentações fechadas e submissas a um templo, libertou a
humanidade da morte eterna. Já para os judeus, o Deus libertador é o único Deus
existente[1]. Continua.... (Vagner Moreira da Silva)
Créditos da foto: http://www.releaseawhitedove.co.uk/userimages/dove%20in%20flight.jpg
Créditos da foto: http://www.releaseawhitedove.co.uk/userimages/dove%20in%20flight.jpg
[1]
Mas não vamos entrar nesta questão, pois é extremamente polêmica e profunda
quanto divisora de águas.
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