Em meu texto anterior, refletimos
sinteticamente a cerca do relacionamento tecnológico do homem versus cuidado com a vida, o presente
texto levará avante a reflexão, porém, pincelando o consumismo, um dos
aspectos das reações tecnolátricas. Ora, é notório que muitas
pessoas vivem escravas do consumismo, e por isso, algumas nações estão em
crise, decorrente da crescente necessidade da ética de consumo em detrimento a vida.
Vivemos
em crise hoje, não porque faltam pessoas para empenho ad vitam (para a vida).
Mas, simplesmente porque nossa vida se tornou vulgar, no sentido que responde
às tendências do mercado global, que procura profissionais competitivos e
robotizados.
Numa
sociedade hedonista, com estruturas de exclusão social, somos vítimas da
ditadura do poder econômico que escolhe e capacita seus agentes vocacionais
para o mercado, em detrimento do seu lado humano e relacional e que envolve o
Transcendente.
Vale
aqui lembrar, a intitulação do artigo de Rafael Leria Ortega: "Chegou a tempo a bioética?". A bioética chegou a tempo, sim.
Chegou a tempo porque, mesmo o mercado, com seu fascínio, preocupado em
produzir riqueza e injustiça, subjugando qualquer valor e pessoa ao lucro, precisamos refletir mais sobre a vida humana e
a vida do planeta, que não andam bem. Chegou a tempo porque, em todos os
sentidos, a vida humana está sob grave ameaça de morte, pela avidez e
embriaguez humana, que continua submetendo, de maneira consciente e
sistemática, qualquer sopro de vida abaixo do capital. Por fim, a bioética
chegou a tempo porque a defesa da vida, seja humana, seja do planeta, é de
responsabilidade de todos, e a inércia não é a alternativa afiançável.
Portanto,
diante das circunstâncias que a hodierna sociedade dita "emancipada"
põe a nossa frente, a bioética não só chegou a tempo, mas é por meio dela, por
meio de reflexões sólidas e abertas, de pessoas zelosas da vida, que podemos
ousar e sonhar "um outro mundo possível". É a bioética, a vida
pautada por um ethos sóbrio, clamando
por elementos éticos para a vida do mundo. Porque o homem amante da vida, que
se coloca diante da mesma e dos fatos com sinceridade, nunca permitirá a
imposição violenta do consumismo, antes dialoga, questionam e aponta
horizontes. E é isso que faz a bioética. Por Iran Brito
Eu acho que este artigo é muito pessimista. Nao acredito que em nosso mundo nao tenhamos pessoas para a vida. Também nao acho que nossa vida se tornou vulgar. Ao contrário, em nossa vida seguimos encontrando pessoas dispostas a servir a outras pessoas. Em nosso mundo globalizado, as pessoas tem oportunidade de ter mais relaçoes abertas e sinceras que aludam a ter um mundo melhor.
ResponderExcluirAtt: aluno Fredy Castañeda
Caro Fredy, obrigado por comentar meu texto. No entato, convido-o a lê-lo novamente, e não só este, mas tmbém o primeiro. Creio que passará a entender melhor minha linha de reflexão, que não tem nada de pessimismo, ao contrário, incontáveis foram as vezes que repetir que "a bioética chegou a tempo",que a bioética nos proporciona reflexõe sérias a cerca dos problemas que ameaça a vida, justamente para dizer que o nosso mundo não está perdido.Agora, não dar para dizer que as coisas amdam bem, tanto é que sugiram entre tantas iniciativas: Forum Socia Mundial,a Bioética como disciplina, seminários. Essas iniciativas não surgiram do nada, surgiram porque a coisa não anda bem. E o que afirmei é que se hoje estamos em crise, não é porque falta pessoas para o empenho ad vitam. Em outra palavras, há pessoas empenhadíssimas com a vida. O seu achismo impediu-lhe de ler nas entrelinhas.
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